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Em 2022, RS registrou 12 assassinatos por mês de menores de 18 anos

Segundo um levantamento realizado pelo Observatório da Secretaria de Segurança Pública, cento e dezoito menores de 18 anos foram assassinados no Rio Grande do Sul nos 10 primeiros meses do ano. 

O estudo analisou dados até o fim de outubro deste ano e, na comparação com todo o ano passado (114), já houve um aumento, mesmo faltando dois meses para o ano acabar.

Índices de homicídio de menores de 18 anos é maior que dos últimos três anos no RS

Ou seja, segundo o levantamento, há em média, 12 mortos por mês com menos de 18 anos de idade ou uma morte a cada dois dias e meio registrados no ano de 2022, até então.

A diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia civil, Vanessa Pitrez, relata que os assassinatos de crianças impactam mais pela vulnerabilidade que elas apresentam.

“Os homicídios que têm como vítimas crianças e adolescentes, muito embora sejam tratados com a mesma prioridade investigativa pela Polícia Civil, certamente nos impactam mais enquanto sociedade e seres humanos que somos, em razão da condição de vulnerabilidade dessas vítimas. A maioria dos casos diz respeito a situações de violência física, psicológica e maus tratos praticados no ambiente familiar, que evoluem até o ato extremo que gera a morte dessas crianças.”

Além das crianças vítimas de homicídio, há também outras 133 vítimas de tentativa de homicídio nessa mesma faixa etária, média de 13 vítimas por mês.

Outros crimes também tiveram altos índices no ano de 2022, sendo 9.382 casos envolvendo menores de 18 anos. Em 2021, foram 8.155 e em 2020, 7.802, ou seja, o ano de 2022 teve um índice bem superior aos anos anteriores.

O levantamento inclui casos de exploração sexual infanto-juvenil, assédio sexual, importunação sexual, estupro, estupro de vulnerável, lesão corporal e maus tratos de menores.

Fonte: GZH

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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