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3 homens vão a júri por assassinato de menina de 12 anos decapitada em Porto Alegre – RS

José Dalvani Nunes Rodrigues, conhecido no meio criminoso como Minhoca, de 40 anos, líder de uma facção em Porto Alegre, e mais dois homens serão julgados amanhã, dia 10 de novembro, na 3ª Vara do Júri de Porto Alegre. 

Eles são acusados de matar, junto com outros comparsas, uma menina de 12 anos, na Vila Mário Quintana, na zona norte da Capital, em 24 de setembro de 2016.

Conforme os promotores Lúcia Helena Callegari e Eugênio Paes Amorim, que assinam a denúncia, a menina foi decapitada com o uso de um machado. 

Minhoca, chefe de facção e mais dois vão a júri pelo assassinato de menina de 12 anos 

A adolescente teria sido morta por supostamente passar informações da facção a que o criminoso pertence para um grupo rival.

O réu é alvo de 70 processos criminais, alguns ainda em andamento e tem condenações que somam mais de 25 anos de prisão

José Dalvani Nunes Rodrigues está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O advogado do réu, Jean Severo, sustenta que o cliente é completamente inocente.

O advogado refere que:

“Todas as denúncias oferecidas pelo Ministério Público foram com base em uma delação premiada falsa montada pela polícia. Inclusive os advogados que acompanharam o delator foram indicados pela delegada de polícia, o que contamina a delação premiada e faz com que ela venha a ser completamente nula.”

O júri ocorrerá seis anos após a morte da menina de 12 anos. Os três irão responder pelo crime de homicídio doloso. 

Minhoca já responde a ações por tráfico de drogas e homicídio. Ele já entrou com pedido de habeas corpus, que foi negado pelo TJRS e pelo STJ, o mantendo preso por integrar organização criminosa.

“A jurisprudência consolidada da Corte considera que, se o acusado integra organização criminosa com estrutura interna complexa e representa ameaça ao andamento do processo, justifica-se a prisão preventiva como garantia da ordem pública.”

Fonte: GZH

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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