NoticiasCrimes que Chocaram o Mundo

4 casos criminais que foram solucionados após várias décadas

Alguns casos criminais somente são solucionados após várias décadas, e os principais motivos são a falta de tecnologia presente na época e a ineficiência nas metodologias de investigação. Selecionamos 4 casos criminais que ocorrem há várias décadas e foram solucionados apenas em 2022.

1. Caso de Cheri Huss

casos
Imagem: KESQ

Cheri Huss era uma mulher de 39 anos, que teve a vida ceifada brutalmente por um desconhecido, em 24/04/1994. 

Na noite anterior à sua morte, Cheri ligou para os seus pais, extremamente aterrorizada, falando que alguém estava lhe ligando e desligando, e que alguém estava tirando fotos suas. 

Os pais de Cheri foram até o apartamento dela, pois ficaram preocupados e encontraram o corpo da jovem atirado, semi despido, com marcas de mordida.

Ao chegarem, por volta das 21h, notaram algumas coisas estranhas no local, como a luz da varanda estava acesa, o cachorro havia fugido, e a porta estava destrancada e o carro estacionado na rua.

Cheri era mãe de 3 filhos, um de 8, 13 e 14 anos, que estavam com o pai naquele dia.

O caso foi solucionado em 2022, quase três décadas depois.

Os investigadores coletaram amostras de DNA, e chegaram a conclusão que o assassinato teria sido realizado por um desconhecido.

Todavia, não conseguiram encontrar uma correspondência genética e o caso acabou sendo arquivado. 

Em fevereiro de 2022, com a genealogia genética forense encontraram um suspeito, Sharan Eugene Galdin, de 48 anos, que morava há 2km do apartamerto de Cheri na época do assassinato.

A amostra da saliva dele era compatível com o DNA coletado, e ele foi preso em 4 de março de 2022.

2. Caso de Nacole Smith

casos
Imagem: 11alive

Nacole Smith era uma adolescente, que estava indo para a escola, e quando chegou na escola, se deu conta que havia esquecido uma tarefa em casa. A menina retornou para casa, cortando caminho pela floresta, e depois disso não foi mais encontrada.

O caso ocorreu em 1995, e o detetive responsável pelo caso encontrou o corpo perto da floresta. A menina teria sido agredida, abusada e baleada 2 vezes no rosto.

9 anos depois a polícia desenvolveu pistas sobre o caso, após um roubo em que foi encontrado o mesmo material genético do assassino de Nacole. Mesmo sendo o mesmo suspeito para ambos os casos, não foi possível encontrar quem era o sujeito.

Em 2022, com a genealogia forense conseguiram achar o responsável: Kevin Arnold, que havia falecido de insuficiência renal.

3. Caso de Jessica Gutierrez

Jessica Gutierrez
Imagem: Revista Marie Claire

Jessica Gutierrez tinha apenas 4 anos quando foi raptada enquanto dormia em seu quarto com suas duas irmãs, em 05/06/1986.

A mãe de Jessica, Debra, descobriu a cena no dia seguinte: cortinas jogadas e papéis atirados pela casa, porta aberta e sua filha desaparecida. A irmã de Jessica disse que ela foi levada por  um homem com chapéu mágico.

Havia um suspeito de 27 anos que estava cumprido pena na Carolina do Norte, por roubo e estupro. A pena dele teria sido executada após o desaparecimento de Jéssica.

O homem falou que confessaria se recebesse imunidade pelo crime, e que teria sequestrado a menina, matado e jogado o corpo dela em um rio. 

Como a imunidade não foi concedida ele não confessou o crime. 

Outros dois suspeitos eram o pai de jessica, que provou estar em outra cidade no desaparecimento dela, e o ex de Debra, mas não ficou comprovado o envolvimento de nenhum dos dois no crime.

Após 35 anos, em 6 de janeiro de 2022, Thomas Eric Mcdowell de 61 anos, que já estava cumprindo 10 anos de prisão por estupro, foi acusado. Ele teria sido encontrado pela digital coletada na cena do crime.

Registros do Tribunal mostram que Thomas e o irmão cresceram passando por abusos físicos, emocionais e sexuais. Pessoas que o conheciam diziam que ele era jardineiro e morava sozinho. Seu irmão mais velho já teria sido enviado ao corredor da morte por ter assassinado uma mulher, anos antes.

Jéssica ainda não foi encontrada, e não se sabe se ela está viva ou morta.

4.  Caso de Brittanee Drexel

brittanee
Imagem: Monet

Brittanee Drexel, era uma jovem garota de 17 anos, que desapareceu durante uma viagem com amigos, em 25/04/2009.

Ela era uma jovem popular, divertida, aluna exemplar e uma grande esportista. Seu objetivo era ir para a faculdade de enfermagem com bolsa de estudos esportiva. 

Os pais dela acabaram se divorciando e ela se rebelou, passava muito tempo na rua, usando drogas e álcool.

Alguns dias antes da sua morte, ela mentiu para a mãe que ia ficar na casa de uma amiga e realizou uma viagem com amigos para uma festa. 

Incomodada com o uso recorrente de drogas dos amigos, ela avisou seu namorado que voltaria para casa, mas nunca retornou. 

O namorado e a mãe acionaram a polícia, que conseguiu captar o sinal do celular até uma propriedade rural. 

11 dias depois ainda não haviam encontrado o corpo da jovem.  

Em 2016 Taquan Brown, um preso da Carolina do Sul, disse à polícia que foi até o esconderijo onde a menina estava, na época da sua morte, e viu ela ser abusada por Timothy Dashaun Taylor. Ele disse que ela era abusada frequentemente, e foi morta a tiros e atirada para os jacarés da redondeza comerem o corpo. 

Timothy negou e disse desconhecer Taquan e a jovem.

Em maio de 2022, o corpo de Brittanee foi finalmente encontrado no local em que o sinal estava.

Raymond Douglas Moody,  de 62 anos, confessou o crime e deu a localização aos policiais, que encontraram os restos mortais da menina enterrados na floresta próxima da propriedade rural.. Ele foi condenado pela morte de Brittanee.

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo