A polêmica das tatuagens de esculacho em presídios: o que você precisa saber
As tatuagens de esculacho, também conhecidas como tatuagens forçadas, são uma prática que geram polêmica nos presídios brasileiros. Geralmente feitas em estupradores, essas tatuagens são dolorosas e possuem identificação de pintas no rosto, que servem como uma espécie de marcação. De acordo com os defensores dessa prática, a tatuagem é um alerta para outros detentos, que passam a saber que o preso em questão é um estuprador.
No entanto, a tatuagem de esculacho é considerada uma prática desumana e degradante, uma vez que expõe o preso a um tratamento cruel e muitas vezes violento. Além disso, a tatuagem pode acabar tornando o preso ainda mais vulnerável dentro do sistema prisional, sujeito a abusos e violências por parte de outros detentos.
Para os estupradores que recebem a tatuagem de esculacho, a experiência é um verdadeiro pesadelo. Além da dor física, esses presos enfrentam anos de servidão sexual na cadeia, tornando-se alvos de abusos e violências constantes. O fato de serem identificados como estupradores pode torná-los ainda mais vulneráveis, já que muitos detentos veem os crimes sexuais como os piores e mais repulsivos.
Apesar da gravidade dos crimes cometidos pelos estupradores, a prática das tatuagens de esculacho é vista por muitos como uma forma de justiça pelas próprias mãos. Outro aspecto controverso das tatuagens de esculacho é o fato de que, em alguns casos, os presos por estupro que encontram um “marido” na prisão passam a receber uma pinta artificial.
Essa pinta indica que o preso agora pertence a uma única pessoa, o que é uma prática ainda mais questionável. Afinal, a relação entre os presos pode ser consensual ou forçada, o que torna ainda mais grave o uso de uma tatuagem como forma de controle sobre a vida dos detentos.
Tatuagens de esculacho também podem ser encontradas em outros países, como nos Estados Unidos e em alguns países da América Latina. No entanto, a prática é amplamente criticada por organizações de direitos humanos, que denunciam as violações dos direitos dos presos.
Embora a prática das tatuagens de esculacho possa ser vista como uma forma de justiça pelos próprios detentos, ela também não é oficialmente reconhecida pelas autoridades prisionais.