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Mães de Acari: 33 anos após chacina, Estado reconhece apenas 4 das 11 mortes; entenda o que está por trás

33 anos após Chacina de Acari, vítimas buscam justiça na Corte Internacional de Direitos Humanos

Após 33 anos da Chacina de Acari, ocorrida no Rio de Janeiro, apenas quatro das onze vítimas tiveram certidões de óbito emitidas pelo Estado brasileiro. Esta quarta-feira (12), marcará uma importante etapa na luta por justiça para as vítimas e suas famílias, quando a Corte Interamericana de Direitos Humanos realizará a primeira audiência de julgamento sobre o caso.

Apesar de as certidões de óbito terem sido emitidas há mais de uma década, em 2010, estas apresentam informações divergentes e não representam a totalidade das vítimas. O motivo da morte de uma das vítimas, Luiz Carlos Vasconcelos, é listada como “desconhecido”, enquanto a de Moisés dos Santos Cruz indica “morte presumida”.

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Mães de vítimas da chacina do Acari em manifestação. Imagem: Le diplomatique

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Por que o Estado brasileiro falhou em emitir certidões para todas as vítimas?

A irmã de uma das vítimas, Aline Leite de Souza, questiona porque o governo falhou em emitir certidões para as demais vítimas e ressalta a importância da audiência na Corte para um possível semblante de justiça. Em meio a reivindicações como reparação, políticas públicas para prevenir tais casos e assistência psicológica às famílias afetadas, as alegações finais serão enviadas à Corte após a audiência.

Audiência vista como luz no fim do túnel para famílias das vítimas

A procurada pela reportagem, a Polícia Civil do Rio de Janeiro não se manifestou. Aline, que é irmã de Cristiane Leite de Souza, uma das vítimas, e integrante atual do grupo Mães de Acari, será uma das vozes das famílias na audiência ao lado de peritos que apresentarão avaliações técnicas no caso.

A batalha por justiça pelas vítimas da Chacina de Acari é simbolizada pela figura de Aline e das Mães de Acari, resistentes na luta contra a impunidade. Com a audiência na Corte Interamericana de Direitos Humanos, estas esperam que o caso seja tratado com a devida complexidade, podendo ser um marco na batalha contra a impunidade em casos de violação dos direitos humanos no Brasil.

Fonte: UOL

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