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Ações policiais no Rio de Janeiro mataram 3 pessoas por dia em 2020

De acordo com dados levantados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), as ações policiais no Rio de Janeiro mataram 3 pessoas por dia em 2020, totalizando no ano 1.245 vítimas, número que, apesar de muito alto, ainda é menor do que a letalidade verificada nos anos de 2019 e 2018, que tiveram, respectivamente, 1.818 e 1.534 mortes.

Ações policias no Rio de Janeiro

Para o ISP, o apontamento de que 2020 teve o menor índice de letalidade dos últimos três anos tem relação direta com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu a realização de operações policiais no Rio de Janeiro, com exceção de casos absolutamente excepcionais.

Recentemente, no ano de 2021, uma operação policial realizada na comunidade do Jacarezinho (06/05) chamou a atenção por ser, historicamente, a ação policial mais letal do Rio de Janeiro, resultando na morte de 29 (vinte e nove) pessoas, incluindo nesse número a morte de um policial.

A violência da operação no Jacarezinho não se resume apenas ao elevado número de mortes, mas também ao total de feridos, dentre eles dois passageiros do metrô, um deles atingido por um projétil de arma de fogo e outro por estilhaços de vidros.

Segundo informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, a operação se baseou em denúncias de que pessoas responsáveis pelo tráfico de drogas na região aliciavam crianças e adolescentes para a prática criminosa, sendo que a Secretaria de Polícia Civil (SPC), em nota, afirmou que operações em favelas são necessárias:

Infelizmente, o cenário de guerra imposto por essas quadrilhas comprova a importância das operações para que organizações criminosas não se fortaleçam.

Sobre a operação no Jacarezinho, a SPC declarou que:

A ação foi baseada em informações concretas de inteligência e investigação. Na ocasião, os criminosos reagiram fortemente. Não apenas para fugir, mas com o objetivo de matar.

Conforme relato da defensora pública Maria Júlia Miranda, após visitar a comunidade do Jacarezinho, “O primeiro choque inicial (ao chegar ao Jacarezinho) foi a quantidade de sangue nas ruas”, além de ter relatado que:

Eram muitas poças. Relatos de violação de domicílio e de mortes neles. Muitos muros cravejados de bala, muitas portas cravejadas de bala.

*Esta notícia não reflete, necessariamente, o posicionamento do Canal Ciências Criminais

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Pedro Ganem

Redator do Canal Ciências Criminais

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