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Veja quais são as acusações de Sergio Moro contra Jair Bolsonaro

O ex-juiz e recém eleito senador, Sérgio Moro (Podemos), esteve na equipe do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o primeiro debate presidencial depois do primeiro turno, na Band. Expoente da Lava-Jato, desmontada pelo governo federal no ano passado, o juiz até posou ao lado de Bolsonaro durante a entrevista final do programa.

Moro foi ministro da Justiça e Segurança no governo de Bolsonaro, cargo que acabou deixando em abril de 2020, com acusações de que o presidente estava impossibilitando as investigações da Polícia Federal para proteger sua família e aliados que estavam sendo investigados.

Após isso, ele fez uma série de acusações contra o atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro.

Todavia, no último debate presidencial, o ex-juiz fez parte da equipe de Bolsonaro, discursando ao lado dele contra o seu candidato ao segundo turno, Lula

moro
Imagem: Veja

Novamente unidos, relembre as polêmicas mais marcantes da relação conturbada entre o presidente e aquele que ficou conhecido como o maior “traidor” pelo bolsonarismo.

Polêmicas da relação conturbada de Bolsonaro e Moro

Na época em que deixou o Ministério, Sérgio Moro fez um pronunciamento acusando Bolsonaro de interferência política na Polícia Federal, e mais tarde apresentou conversas em aplicativos de mensagem como provas. O episódio rendeu uma denúncia ao Supremo, pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para abrir um inquérito em que tanto Bolsonaro quanto Moro (caso estivesse mentindo) fossem investigados.

Em outra ocasião, Bolsonaro disse que Moro enganou o país, e a resposta do ex-ministro foi:

“No combate à corrupção, eu fui sabotado pelo presidente, todo mundo sabe disso. O presidente da República me convidou dizendo que eu teria carta branca para fazer o meu trabalho e consolidar os avanços contra a corrupção, disse que me mandou embora porque eu não protegi os filhos dele de investigações por corrupção, por rachadinhas. Eu jamais faria isso.”

Em fevereiro de 2022, ele chamou tanto Bolsonaro quanto Lula de “ladrão”, em uma publicação no Twitter.

“Sério que, entre um ladrão de um lado e um ladrão do outro, a culpa é do juiz? Entre o petrolão e a rachadinha, não há escolha possível. Precisamos, sim, reformar nosso sistema de justiça para que casos de corrupção não fiquem impunes”.

Em março, quando ainda era candidato à Presidência, Sérgio Moro sugeriu que haveria casos de corrupção no governo Bolsonaro, ao comentar a notícia de que diminuiu o número de crimes de corrupção nos pedidos feitos por órgãos de controle ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras.

“Se você fechar os olhos e pensar na Lava Jato, vai lembrar facilmente de corruptos punidos. Vai lembrar dos noticiários de TV mostrando poderosos na cadeia. E hoje? Quem você lembra ter visto atrás das grades por corrupção? Há uma explicação para isso”.

Um mês antes, o candidato já tinha dito que, se as instituições do Brasil ganharem autonomia, “muita coisa” iria aparecer.

Em abril, ele publicou no Twitter:

“Assim como Lula, Bolsonaro mente. Nada do que ele fala deve ser levado a sério. Mentiu que era a favor da Lava Jato, mentiu que era contra o Centrão, mentiu sobre vacinas, mentiu sobre a Anvisa e o Barra Torres e agora mente sobre mim. Não é digno da Presidência”.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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