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Acusados de crime no sul do RS comparado ao caso Richthofen recebem 158 anos de prisão

Vinte anos após o caso Richthofen, onde o casal foi assassinado pela filha, o namorado dela e o seu irmão, o judiciário brasileiro julgou novamente um caso em que um filho, juntamente com a namorada e outros cúmplices se reuniram para executar o casal em Jaguarão, no Rio Grande do Sul. O caso aconteceu em setembro de 2020.

Richthofen
Suzane Von Richtofen, acusada de matar os pais. Imagem: Estadão

O caso foi comparado ao dos Richthofen

Assim como aconteceu no caso Richtofen, a polícia recebeu uma denúncia de um caso de latrocínio, o filho das vítimas narrou que assaltantes tinham invadido a moradia e os pais tinham sido mortos durante o roubo. Uma caminhonete da família, que estava na garagem, havia sido levada e foi encontrada logo depois no outro lado da cidade.

Iuri Paulo Chagas Moraes, filho das vítimas, assim como Suzane também foi ao velório dos pais abraçou familiares e repetiu a mesma versão, de que alguém havia invadido a moradia.

A delegada Juliana Garrastazu Ribeiro, responsável pela investigação relatou que as contradições nos depoimentos e fatos mal explicados levaram a polícia a suspeitar que se tratava de um duplo homicídio. Segundo ela, um dos pontos que despertou a atenção é que o filho afirmou ter se escondido no quarto da irmã mais nova após ouvir os disparos, mas em nenhum momento foi ao quarto dos pais saber como eles estavam.

Assim como Suzane, Iuri tinha uma irmã adolescente de 13 anos. A menina, inclusive, acompanhou parte do julgamento, assim como outros familiares das vítimas, dos réus e pessoas da comunidade.

Outro fato em comum com o caso dos Richtofen é o envolvimento da namorada de Iuri, Bruna Melissa Alves Betancourt, e do amigo do casal, Roger Pinto Nunes.

Durante o julgamento, Bruna alegou que não teve nenhum envolvimento com o crime e apontou o namorado como o responsável.

Já Roger confirmou que foi o responsável por levar o veículo do casal da residência, mas disse que não sabia que isso fazia parte de um plano para matar os pais de Iuri. Ele alegou ainda que se surpreendeu quando Bruna lhe entregou, além das chaves da caminhonete, uma arma. O revólver de calibre 22 chegou a ser arremessado por ele num rio mas, mais tarde, foi recuperado por mergulhadores dos bombeiros.

Segundo a polícia, o revólver foi adquirido por Iuri dias antes do crime, e como forma de pagamento, o acusado entregou dois celulares e uma televisão.

Os três foram considerados culpados pelo tribunal de júri. Iuri foi sentenciado a 58 anos de reclusão pelo assassinato dos pais, Bruna foi condenada a 54 anos de prisão e Roger a 46 anos.

Fonte: GZH

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