Acusados de promover “tribunal do crime” são absolvidos pelo Júri
Três homens acusados de pertencer ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e tentarem promover a morte de um desafeto com três tiros e 21 facadas através de um “tribunal do crime”.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a vítima, conhecida como “Bagre”, foi alvo de retaliação e vítima de um “tribunal” promovido pela facção após, supostamente, ter furtado um comércio que fica em uma região controlada pela criminalidade organizada. A vítima, que apesar da quantidade de facadas e tiros não morreu, contou que os réus o obrigaram a entrar em um carro e o levaram até uma estrada de pouco movimento, onde o esfaquearam e o balearam. Ele declarou ainda que se fingiu de morto e os acusados foram embora.
Pouco tempo depois de ter recebido alta do hospital, a vítima se mudou para a cidade de Arapoti (PR), onde foi vítima de outro ataque e acabou vindo a óbito. Dessa vez, ele foi atacado com tiros, pauladas e outros golpes, que sugerem machadadas. A polícia ainda não tem informações sobre esse novo ataque.
Durante a sessão do tribunal do júri, a defesa dispensou os depoimentos de oito testemunhas que arrolou para sessão e sustentou a fragilidade probatória apresentada pelo membro do Ministério Público. Os advogados sustentaram ainda que o interesse na morte da vítima não era dos réus em questão, tendo em vista que eles estavam presos preventivamente quando ela foi atacada pela segunda vez.
Além disso, a defesa alegou que a própria vítima, ao ser socorrida, contou para o popular que o ajudou que ele havia sofrido um assalto. A testemunha confirmou essa versão em juízo.
O plenário do Tribunal do Júri acolheu a tese defensiva sustentada pelos advogados absolvendo os acusados da tentativa de homicídio qualificada.
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