Adolescente de 14 anos é apontado como líder de quadrilha que roubou 20 milhões de senhas e logins de PM, PF, MP e Exército
Ação de jovem hacker leva polícia a desmontar complexa rede de cibercrime
A Polícia Civil de São Paulo descobriu uma rede de cibercrimes cujos desdobramentos chamam a atenção pela complexidade e extensão de suas ações. O ponto de partida para a descoberta foi a ação de um adolescente que, a partir de seu computador, inseriu informações falsas em um boletim de ocorrência no sistema da polícia.
Identificado apenas como Adolescente A devido à sua condição de menor de idade na época do crime, o jovem causou um rebuliço no sistema de proteção à segurança pública de São Paulo. Mas, o que inicialmente parecia ser uma ação isolada, logo revelou-se a ponta do iceberg de uma vasta rede de cibercrimes.
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Como a Polícia Civil chegou até a quadrilha liderada pelo adolescente?
Dando início à sequência de descobertas, chegaram até Lucas Barbas, 18 anos, residente em São Paulo e conhecido online como Fusaao. Segundo as investigações, Fusaao manipulou o sistema de ficha criminal, declarando-se morto para evitar futuras buscas. Sua ligação com o adolescente A foi descoberta através de comunicações em aplicativos de mensagens populares entre os jovens, como o Discord.
Os principais envolvidos e suas ações
Além de Fusaao e do Adolescente A, a operação culminou na detenção de mais três pessoas, todas elas envolvidas em uma intrincada rede de crimes cibernéticos. Entre os envolvidos, estava um jovem de 14 anos, referido como Adolescente B. Este suposto líder do grupo criou um programa de computador capaz de acessar qualquer site público ou privado, acumulando em sua posse nada menos que 20 milhões de logins e senhas.
Hacker contra a justiça: o caso Selmo Machado da Silva
Um caso individual que se destacou foi o de Selmo Machado da Silva. Procurado pela Interpol, Selmo era um hacker que agia sozinho em Campo Grande – MS. Tornou-se alvo da Polícia Federal ao invadir o Sistema do Tribunal Regional Federal da Terceira Região, alterando o parecer do Ministério Público Federal em seis processos em que era réu, para tentar influenciar a decisão do juiz e alcançar sua absolvição.
As invasões por parte destes ciber criminosos revela a necessidade constante de reforço na segurança dos sistemas dos órgãos responsáveis pela manutenção da lei. Em contrapartida, as instituições atingidas garantem que seguem investindo pesado na segurança de seus sistemas e que seus processos são constantemente revisados para evitar novas ocorrências.
Fonte: G1