Adolescente que atacou escola em SP foi instruído em grupo do Discord
Nesta segunda-feira (30), o software Discord, usado para conversas de texto e áudio entre comunidades, excluiu o grupo em que o adolescente que atacou a tiros a Escola de Sapopemba, zona leste de São Paulo, planejou e recebeu instruções para realizar o atentado.
O ataque aconteceu em 23 de outubro deste ano. Uma aluna foi morta a tiros pelo adolescente de 16 anos e outros três jovens ficaram feridos. O menor de idade fez uma transmissão ao vivo de dentro da escola momentos antes de começar os disparos.
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Grupo do adolescente foi banido por conteúdo ilícito de conversas
De acordo com a plataforma, o grupo violava as diretrizes da comunidade por promover a “glorificação de agressões físicas e sexuais”. Outros grupos com conteúdo semelhante também foram excluídos.
O Discord, para notificar os membros do grupo sobre a violação, enviou um alerta:
“Sua conta está recebendo esta mensagem por participar de um servidor que viola nossas diretrizes da comunidade. Especificamente, [nome do grupo] permite ou encoraja conteúdos que glorificam, promovem ou pedem por agressões físicas ou sexuais de contra um indivíduo ou uma comunidade”.
Plataforma agiu logo após tomar conhecimento do fato
Em nota divulgada, a plataforma avisou que não recebeu denúncias sobre as trocas de mensagens sobre o planejamento do ataque em São Paulo. Assim, não pôde intervir. Afirma ter tomado iniciativa assim que tomou conhecimento do caso.
“Não recebemos nenhuma denúncia de usuário ou informação de inteligência antes da ocorrência do incidente. Assim que nossa equipe de segurança tomou conhecimento da situação e obteve informações acionáveis, investigamos imediatamente e agimos em 20 minutos. Excluímos a conta do usuário, excluímos o servidor onde a conversa aconteceu, removemos o conteúdo relacionado e banimos ou avisamos outras contas envolvidas”, afirma a plataforma.