Adolescente sobrevive a tiro acidental por 2mm em Santa Catarina
Em 2018, a adolescente Raylla Fachin da Silva foi atingida no rosto durante uma brincadeira de tiro ao alvo com um grupo de amigos, e de acordo com os médicos, o projétil ficou alojado na cabeça da jovem e por 2 mm não atingiu as meninges (membranas que revestem o sistema nervoso e a medula), o que teria levado a menina a morte.
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Raylla passou onze dias internada e precisou passar por uma cirurgia para a retirada do globo ocular esquerdo. Agora, ela faz exames de tomografia todos os anos para acompanhar a posição do projétil e verificar se ele não está se deslocando e faz uso de prótese.
“A bala ficou alojada e não é recomendado retirar porque na cirurgia posso ter complicações neurológicas e comprometer funções como a fala e os meus movimentos. Para mim, eu sou um verdadeiro milagre”, contou a adolescente.
Adolescente é atingida acidentalmente ao brincar de tiro ao alvo
Rayla tinha 14 anos quando brincava de tiro ao alvo com uma espingarda de chumbinho e acabou sendo atingida por um disparo acidental feito por seu ex-namorado. Ela foi levada imediatamente para um hospital de São Lourenço (SC) e depois transferida para Chapecó (SC), onde precisou fazer a retirada do globo ocular.
“Na hora eu não percebi que o tiro havia pegado em mim. Senti apenas uma dor de cabeça muito intensa e quando coloquei a mão no meu rosto percebi que meu olho estava sangrando. Deitei no chão e vi que poderia ter acontecido algo mais grave porque foi aquela correria para me levar ao hospital“, relatou Rayla sobre o dia do ocorrido.
Um ano após o acidente, a adolescente conseguiu colocar a sua primeira prótese. Apesar de não servir para que ela enxergue, a adolescente, que hoje está com 18 anos, afirma que ajuda em sua auto estima.
“Eu usava tampão encobrindo o olho para sair de casa e as pessoas ficam me olhando. Eu sofri muito preconceito por ter perdido o olho, situações que até hoje eu não gosto de lembrar e comentar”, relatou a jovem.
Atualmente, a jovem usa as suas redes sociais para produzir conteúdos sobre pessoas monocular para tentar diminuir o preconceito e já acumula mais de 2 milhões de seguidores.
Fonte: BBC