Advogado leva 7 facadas e morre após golpe fatal no tórax
No último domingo (7) , um homem foi preso por assassinar com 7 facadas um advogado, no Centro do Rio. O laudo de exame de necropsia do advogado Victor Stephen Pereira Coelho, de 27 anos, mostra que o golpe fatal foi aplicado no tórax.
O documento produzido pelo Instituto Médico Legal (IML) indicou que a maior perfuração chegou a 70 mm de comprimento. As outras facadas foram aplicadas na cabeça, no braço direito e no braço esquerdo e mais duas na região da costela do advogado.
As testemunhas relataram à polícia que o agressor chegou a rasgar a roupa de Victor atrás de pertences.
Como ocorreu o assassinato do advogado
O jovem advogado havia se encontrado com o homem suspeito por sua morte naquela noite, às 23h38. Os dois apareceram juntos nas câmeras de segurança, andando pela Rua da Constituição, virando à direita da Praça da República e seguindo em direção a estação Saara do VLT.
Vinte minutos após se encontrarem, às 23h58, Victor foi atacado pelo agressor, recebendo os golpes fatais.
O criminoso ainda levou a carteira e o celular da vítima após cometer o crime.
A 29ª Vara Criminal da Capital do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) expediu um mandado de prisão temporária contra Wilson José Câmara de Oliveira, que foi cumprido no domingo, dia 07/08.
O caso é tratado como um latrocínio e a polícia acredita que o suspeito e a vítima não se conheciam.
Victor era formado desde 2020 pela Universidade Cândido Mendes, ele trabalhava como assistente jurídico em um escritório de advocacia e morava em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio.
Prisão e confissão
Wilson José Câmara de Oliveira foi preso na Avenida Mem de Sá, na Lapa, no Centro do Rio, pouco antes das 15h do dia 07/08, durante um patrulhamento dos agentes.
Preso, o suspeito confessou o crime, mas admitiu não saber o motivo pelo qual o praticou.
“O motivo até hoje até eu mesmo me perguntou e eu não sei por quê. Porque eu nunca fiz isso. Tenho outros processos como tráfico, roubo, mas latrocínio, não”,
Wilson também admitiu que levou o telefone celular da vítima, que jogou fora em uma lixeira próxima. Negou, no entanto, que tenha mexido na carteira dele.
Em vídeo, ele ainda teria pedido perdão pela morte do rapaz:
“Matei, nem sei por que eu fiz isso, entendeu (…) Quem erra tem que pagar. Chegou minha hora de pagar e vou pagar (…) Queria pedir perdão à mãe dele”, disse.
O acusado irá responder por latrocínio, que é o roubo seguido de morte.
Art. 157, do Código Penal: Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
§ 3º Se da violência resulta:
II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa.