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Advogados aconselham Bolsonaro a sair do país antes de 1º janeiro; risco de prisão foi abordado nas conversas

O presidente Jair Bolsonaro (PL) buscou o conselho de advogados para tomar algumas decisões antes da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma delas foi saber se poderia ser punido caso não passasse a faixa presidencial para o petista. A outra foi questionar se poderia ser preso logo após a posse de Lula.

De acordo com o blog da jornalista Natuza Nery, do G1, Bolsonaro ouviu dos advogados que o melhor seria sair do país antes do dia 1º de janeiro, quando ele oficialmente deixa o cargo de Presidente da República e, com isso, perde o foro privilegiado. 

Bolsonaro deixará o país antes do dia 1º de janeiro aconselhado por seus advogados

Sem foro privilegiado, qualquer juiz de 1º instância poderia decretar a prisão do futuro ex-presidente Jair Bolsonaro. Embora seja uma preocupação de Bolsonaro, a prisão do atual presidente dificilmente aconteceria neste momento. 

Para acontecer, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) precisariam transferir um inquérito de âmbito Federal, que é a competência da Corte, para a 1ª instância, o que levaria um tempo. 

Ainda deve ser levado em consideração o recesso Judiciário, o que atrasaria mais ainda o processo.

Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) que oito assessores irão acompanhá-lo em uma viagem para Miami, nos Estados Unidos, a partir do dia 1º de janeiro 2023 até o dia 30 de janeiro.

O presidente embarcou no voo na tarde desta sexta-feira às 13h45min com destino para Orlando.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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