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5 ex-agentes da ditatura são denunciados pelo MPF em caso de Carlos Marighella

MPF denuncia ex-agentes envolvidos na morte de Carlos Marighella

Os 5 ex-agentes envolvidos na morte de Carlos Marighella, um dos líderes da luta contra o regime militar, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF). Na ocasião, a vítima foi surpreendida em uma emboscada, em novembro de 1969, em São Paulo.

A ação de emboscada ao líder contou com a participação de 30 agentes, integrantes do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), com o comando do delegado Sérgio Paranhos Fleury. Assim, entre os denunciados estão Amador Navarro Parra, Djalma Oliveira da Silva, Luiz Antônio Mariano e Walter Francisco, que provavelmente responderão pelo crime de homicídio qualificado.

Carlos Marighella
Imagem: Reprodução

 

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No dia da emboscada, os agentes estavam distribuídos em sete equipes, que agiram nas proximidades da Alameda Casa Branca, região situada na zona oeste de São Paulo. Carlos Marighella era considerado o inimigo principal da ditadura, por ser um militante político.

Carlos Marighella dirigia aliança de resistência ao regime militar

Marighella era o líder de uma organização de resistência contra o regime militar, que era denominada de Aliança Libertadora Nacional (ALN). Assim, pouco antes da sua morte, outros integrantes do grupo foram capturados pelas forças de segurança.

Na ocasião, o grupo sofreu intensa tortura e contou detalhes que ajudaram no planejamento para a execução de Carlos Marighella. Entre as vítimas capturadas pelas forças estavam frades dominicanos, que auxiliavam à ALN.

Relembre como os ex-agentes executaram o diretor da Aliança Libertadora Nacional (ALN)

No dia da emboscada, Marighella foi para um possível encontro com dois religiosos, marcado para dentro de um veículo, o que já era uma situação normal na época. No entanto, ele logo foi surpreendido pela equipe comandada por Fleury e morto com quatro tiros.

Os laudos periciais confirmam que os disparos de arma de fogo foram a curta distância. Além disso, desmentem as versões dos ex-agentes, que afirmaram que Marighella reagiu a tentativa de prisão e ainda tentou tirar o revólver da mão deles. No entanto, o objeto não tinha impressões digitais do militante.

O crime não possui anistia nem prescrição

No momento da execução de Marighella houve a perseguição do Estado brasileiro contra a sociedade civil. Com isso, as características listadas não se aplicam anistia e nem prescrição. Então, o Estado deve criar as medidas necessárias para investigar e responsabilizar todos os ex-agentes da ditadura envolvidos na morte do militante.

Carlos Marighella
Imagem: Reprodução

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