Noticias

Alimentação nas prisões: A realidade do “Jumbo” e o dia a dia dos detentos

Detalhes de como funciona a alimentação dentro dos presídios

Em um dos vídeos publicados em seu canal, o influenciador e palestrante Arquimedes Nicastro fala sobre como funciona a alimentação nas prisões brasileiras.

Nicastro é detentor de um dos maiores canais no YouTube dedicado ao sistema prisional. Ele foi preso no dia 4 de maio de 2012 e posto em liberdade em 2015. Em 2020 ele resolve recomeçar a sua vida e passou a dar palestras e criar conteúdos levando informações para as famílias de presos e curiosos.

detento
Imagem: Metrópoles

Leia mais:

Caso Richthofen: imagem do próximo filme é divulgada e surpreende o público

Prisões na América Latina estão se tornando centros de comando para as facções de tráfico de drogas

Como funciona a alimentação dos detentos?

Ao discutir o sistema carcerário, muitos temas vêm à tona: a violência, a superlotação e as condições de vida dos detentos. No entanto, um aspecto muitas vezes negligenciado, mas crucial para a vida do detento, é a sua alimentação.

Em seu vídeo, Arquimedes explora as refeições padrões, a tradicional cesta de alimentos conhecida como “jumbo” e como a comida afeta o cotidiano e as relações entre os detentos.

Confira cada uma das alimentações abaixo:

  1. A Alimentação Padrão

Em todas as prisões brasileiras, os detentos têm direito a três refeições diárias: café da manhã, almoço e jantar. No CDP (Centro de Detenção Provisória), por exemplo, o café da manhã geralmente consiste em pão, manteiga, leite e café. As refeições principais, almoço e jantar, geralmente incluem feijão, salsicha e outras variações.

No entanto, é importante notar que a quantidade e a qualidade da comida podem variar consideravelmente de uma prisão para outra. Em algumas unidades, a comida pode até mesmo ser insuficiente, enquanto em outras, a refeição pode ser mais substancial.

2. O Fenômeno do “Jumbo”

Uma particularidade do sistema carcerário brasileiro é a cesta “jumbo”. Trata-se de uma cesta de alimentos que as famílias dos presos têm permissão para enviar. Esta cesta ajuda a complementar a dieta básica fornecida pela prisão e, em muitos casos, é essencial para garantir que os detentos tenham uma nutrição adequada.

No entanto, existem restrições sobre o que pode ser incluído no jumbo, variando de uma prisão para outra. Geralmente, alimentos perecíveis, como frutas e vegetais frescos, são proibidos, enquanto produtos enlatados e embalados são permitidos.

3. Relações Sociais e Alimentação

Dentro das celas, a comida desempenha um papel vital nas relações sociais. O “barraqueiro” é um detento responsável pela distribuição dos alimentos. Ter este papel pode conferir certo status e poder dentro da cela. Além disso, é comum que os detentos compartilhem o jumbo entre si, especialmente com aqueles que não recebem visitas.

Em resumo, apesar de ser um tema não muito falado, a alimentação nas prisões é um espelho das complexidades e desafios do sistema carcerário brasileiro, e reconhecer e entender esses aspectos é fundamental para qualquer discussão abrangente sobre reforma prisional e direitos humanos.

Confira o vídeo completo sobre o tema abaixo:

Fonte: Arquimedes Nicastro

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo