Aluno com autismo é agredido por professor durante crise de ansiedade, gerando revolta e exigindo ação
Um incidente ocorreu na Escola Estadual Olímpio João Pissinati Guerra, em Sinop, Mato Grosso, onde um aluno de 13 anos com autismo foi agredido por seu professor depois de ter uma crise de ansiedade. O aluno estava afastado das atividades escolares por mais de um mês devido a um atestado médico, mas retornado às aulas naquela semana.
Durante uma crise de ansiedade, o aluno começou a ameaçar a professora, tirando carteiras contra ela. Um segundo professor foi chamado para acalmar a situação, mas acabou batendo no aluno. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Leia mais:
Supremo decide que Justiça Militar pode decretar perda de posto e patente por qualquer tipo de crime
Madeleine McCann: Testemunha-chave quebra o silêncio e revela que denunciou suspeito em 2008
O professor responsável pela agressão ao aluno com autismo foi afastado de suas funções pela Diretoria Regional de Educação
Após o incidente, o professor responsável pela agressão foi afastado de suas funções pela Diretoria Regional de Educação (DRE). O estudante, além de ser afetado com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), também possui o Transtorno Opositor Desafiador (TOD). É importante destacar que o aluno já tinha um histórico de comportamento violento, incluindo agressões anteriores tanto nesta escola quanto em outras que frequentou anteriormente. Ele foi encaminhado para atendimento em uma unidade de saúde próxima.
Apesar de o adolescente ter um professor acompanhante, como exigido pela Lei Federal nº 12.764/12, que prevê a inclusão de estudantes com deficiência, é lamentável constatar que a infraestrutura escolar nem sempre está preparada para oferecer uma educação inclusiva. Em outubro de 2022, a Secretaria de Educação do Estado do Mato Grosso (SEDUC-MT) realizou uma reunião com profissionais da educação por meio do Projeto Autismo na Escola, com o objetivo de preparar os professores para uma educação igualitária.
“A formação joga luz sobre o tema e mostra que a educação inclusiva não é colocar a criança com autismo no ensino regular e esperar que ela aprenda, apenas por estar naquele ambiente. É necessário um acompanhamento diferenciado, pois, os autistas, em princípio, não possuem comprometimento cognitivo, e são tão capazes de aprender quanto qualquer criança”, informa o portal da SEDUC-MT.
Fonte: Forum
