PF bate o martelo e indicia Anderson Torres por maus-tratos de animais e falsidade ideológica
Indiciamento e acusações
O titular do Ministério da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, enfrenta uma situação delicada após ser indiciado pela Polícia Federal em 38 ocasiões. As acusações estão relacionadas a maus-tratos contra aves silvestres que estavam sob sua posse de maneira irregular em sua residência, localizada em Brasília.
Crimes adicionais de falsidade ideológica contra Anderson Torres
Além do indiciamento por maus-tratos, Anderson Torres e sua mãe, Amélia Torres, estão sendo processados por crimes de falsidade ideológica. A acusação refere-se ao registro de criatórios de pássaros em nome de Amélia, sem a efetiva transferência das aves, segundo relatos de Bela Megale, no jornal O Globo.
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Irregularidades e extinção ameaçada
A Polícia Federal também imputou ao ex-ministro a responsabilidade por manter criadouros irregulares com pássaros da espécie bicudo, considerada ameaçada de extinção. Além disso, ele foi indiciado por falsificação de anilhas das aves.
Ações de fiscalização e multas
O inquérito policial teve origem em irregularidades descobertas nos criadouros de Anderson Torres durante ações de fiscalização conduzidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e pelo Instituto Brasília Ambiental (IBRAM) em abril do ano corrente. O ex-ministro já recebeu multas dessas instituições.
Conclusões da perícia e encaminhamento à Justiça Federal
A perícia criminal realizada pela Polícia Federal constatou que muitas das aves apresentavam sinais de maus-tratos, incluindo uma delas com mutilação na pata. O relatório da investigação foi encaminhado à Justiça Federal do Distrito Federal, aguardando agora o posicionamento do Ministério Público sobre as conclusões da PF.
Defesa e surpresa com o indiciamento
Em resposta, a defesa de Anderson Torres emitiu uma nota afirmando que o ex-ministro recebeu com surpresa o seu indiciamento. Alegaram que ele sempre foi reconhecido por seu cuidado técnico e amor pelos pássaros sob sua responsabilidade. O advogado, Eumar, destacou que o indiciamento foi apressado e ocorreu sem a oitiva de Anderson e Amélia Torres, sendo encaminhado ao Ministério Público Federal, que indicou a competência investigativa exclusiva da Polícia Civil do Distrito Federal. O advogado enfatizou que Anderson Torres está interessado na rápida e imparcial elucidação dos fatos.