Irmã de Marielle Franco defende punição mais rígida para crimes de racismo
Promovendo a consciência racial no Brasil
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, expressou sua preocupação na quarta-feira (1º) sobre a necessidade de despertar a consciência racial entre os brasileiros.
Durante uma entrevista nas emissoras de rádio, no programa “Bom dia, Ministra” do Canal Gov, ela ressaltou a discrepância entre a significativa população negra no Brasil, que representa 56%, e os alarmantes índices contínuos de racismo no país.
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Anielle Franco: Mobilizando a consciência racial
Anielle destacou a importância de sensibilizar a população acerca da consciência racial, enfatizando que este é um mês em que se deve abordar essa questão, assim como nos meses de março (Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial) e julho (Julho das Mulheres Negras). Ela considera fundamental compreender o papel desempenhado por seu ministério, o retorno do presidente Lula e a retomada da conscientização racial como uma ferramenta crucial para permitir que as pessoas negras vivam em um ambiente onde não sejam afetadas pelas desigualdades persistentes.
Medidas governamentais para promover a igualdade
A ministra informou que o governo federal tem planos de anunciar um segundo pacote de medidas no Dia da Consciência Negra, que ocorrerá no próximo dia 20. Este pacote incluirá a publicação de editais e o estabelecimento de programas voltados para a população negra.
Revisão da Lei de Cotas nas universidades
Anielle destacou a relevância da chamada Lei de Cotas nas universidades brasileiras, que passou recentemente por uma revisão.
Antes da promulgação da lei, apenas entre 3% e 5% dos estudantes de ensino superior eram negros. Agora, esse percentual chegou a 50%. A própria ministra, que é beneficiária das cotas, ingressou na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em terceiro lugar, graças a esse sistema.
Combate ao racismo e educação para a consciência racial
Durante o programa, Anielle Franco defendeu a necessidade de punições mais severas para crimes de racismo e ressaltou a importância de educar a população para conscientizá-la sobre o preconceito racial. Ela considera inaceitável que, em 2023, ainda haja pessoas cometendo atos racistas, acreditando que estão agindo corretamente e culpando o governo.