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Ao destruir as provas, o ministro Moro não está obstruindo a justiça?

Ao destruir as provas, o ministro Moro não está obstruindo a justiça?

O fato é que, em avaliação sumária, temos o seguinte:

1. O ministro Sergio Moro se arvorando a decidir, para além da sua atribuição funcional ministerial, usurpando função jurisdicional;

2. O ministro Sergio Moro fazendo contato com pessoas supostamente “hackeadas”, informando-lhes que também teriam sido “hackeadas”, quando a investigação está notoriamente sob segredo de justiça, leia-se, o ministro está violando a determinação judicial do segredo;

3. O ministro Sergio Moro, sendo as mensagens objeto de ação de “hackers”, ou não, deverá se explicar à Justiça sobre os conteúdos daquelas conversas com o Procurador Deltan Dallagnol, não obstante, anunciou ao mundo que “destruirá provas”, em nítida postura de obstrução de justiça;

4. O ministro Sergio Moro alegava não reconhecer como suas as mensagens, ao tempo das divulgações pelo The Intercept. Agora a origem das mensagens é revelada (hackers), e ao invés de requerer perícia para comprovação de que as mensagens não eram suas, ele fala em destruir provas? Isso é normal? Isso não é obstrução de justiça? Em que classe especial de cidadão se enquadra o ministro?

5. O ministro Moro, nas mãos do juiz Moro, já teria sua prisão preventiva decretada há tempos.

Vejam, não tem Fla x Flu (PT x Bolsonaro), o caso é gravíssimo e o que esse ministro está fazendo é a maior afronta da história do judiciário brasileiro.


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James Walker Jr.

Advogado criminalista, professor e presidente da ANACRIM.

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