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Posso baixar qualquer aplicativo da loja virtual do meu smartphone?

Posso baixar qualquer aplicativo da loja virtual do meu smartphone?

Não existe a possibilidade hoje de se ter um smartphone sem ao menos baixar um aplicativo, desde os que são voltados para o setor financeiro – como os de instituição bancária –, até os direcionado às redes sociais – como o Facebook e o Instagram –, bem como os que são ligados à diversão e entretenimento em geral.

É comum, ainda, pais emprestarem seus smartphones aos seus filhos para que estes baixem jogos específicos da atualidade, ou aqueles que sequer controlam os aplicativos baixados por esses. Aplicativos voltados à saúde, trânsito, GPS, e principalmente os que são ligados à segurança, induzem a um só ato: baixar.

Isso porque a descrição do aplicativo sempre conta com contextos atrativos, demonstrações fotográficas da funcionalidade do mesmo e toda aquela “jogada de marketing” para atrair você a chegar a conclusão de que precisa do que está sendo ofertado.

Agora, eu pergunto para você: será que todo aplicativo é seguro? Todos os fornecedores são confiáveis? Consigo identificar indícios de um possível aplicativo falso?

Inicialmente, saiba que um aplicativo é o ponto inicial de entrada de um criminoso virtual em um dispositivo eletrônico, que, quando obtém êxito na invasão, acessa todos os dados do mesmo.

Na sequência, e respondendo aos questionamentos realizados acima, existem muitos “apps” falsos e maliciosos, contudo, é possível fazer uma verificação básica de segurança sobre o mesmo, as quais serão demonstradas abaixo.

1. VERIFICAR QUEM É O DESENVOLVEDOR

Faça uma busca sobre quem é o desenvolvedor do aplicativo e a sua reputação, bem como se existem na loja virtual outros apps criados por este. Caso não existam outros apps, analise os comentários do público e as datas das opiniões. É o primeiro passo para analisar a segurança do aplicativo. Vejamos um exemplo:

aplicativo 01


aplicativo 02

2. ANALISAR ATUALIZAÇÕES

O aplicativo é um sistema, logo, passível de sofrer riscos ligados à sua segurança. Assim, as atualizações são necessárias para correção de erros, que vão desde o design até falhas críticas que não protegem os dados dos usuários. Quando se recebe notificações de atualizações dos aplicativos, deve-se imediatamente realizar o procedimento, ressaltando-se que fica visível ao internauta o motivo da atualização.

Por isso, apps que nunca tiveram ou sofreram atualizações há muito tempo desde o seu lançamento não são confiáveis para baixar. Vejamos também, um exemplo:

aplicativo 03

3. ANALISAR PERMISSÕES

A maioria dos apps “pedem” permissões para acessar a câmera, microfone, contatos, bem como outros recursos presentes no smartphone. Contudo, não é estranho, por exemplo, um aplicativo editor de vídeos e fotos solicitar a permissão para acessar seus contatos? Ou mais, acessar a sua localização?

Pois é, o costume de muitos é dar o “ok” para todas as permissões solicitadas sem sequer ler as mesmas, e aí está o erro. Na pressa de usufruir dos benefícios ofertados pelo aplicativos, é comum não se atentar as pegadinhas dos cibercriminosos.

Portanto, é de extrema importância acessar a política de privacidade do aplicativo, visto que somente assim será averiguado exatamente o que o mesmo irá pleitear de acesso, e, caso não seja confiável, nem se deve baixá-lo. Vejamos um exemplo:

aplicativo 04

Agora, caso já tenha sido efetuado o download do app, basta desinstalar o mesmo ou até revogar nas configurações as permissões as quais não são compatíveis com a função do aplicativo. Mas o principal é se atentar ao que está sendo buscado, para não recair nas mãos dos criminosos.

Todos os dias milhares de aplicativos são inseridos nas lojas virtuais, e de certa forma, são criados para atender as necessidades de todos os internautas. Contudo, como sempre dito em outros artigos, os cibercriminosos acham brechas e se aproveitam de tudo aquilo que demonstra uma certa fragilidade para aplicação de fraudes.

Estes foram requisitos básicos de verificação de segurança de aplicativos, ressaltando-que nunca se deve realizar o download de lojas não oficiais, nunca.

Fernanda Tasinaffo

Especialista em Direito Digital. Advogada.

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