Juíza nega pedido para arquivar apuração sobre plano contra Sergio Moro
A 9ª vara federal de Curitiba proferiu decisão na última terça-feira (28), rejeitando um pedido feito pelo Ministério Público para arquivar parte da investigação sobre o plano de atentado contra a vida do senador Sérgio Moro, feito pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A decisão foi da juíza Gabriela Hardt.
Leia mais:
4 casos criminais que foram solucionados após várias décadas
Pacto Brutal: se o julgamento fosse hoje, Guilherme de Pádua seria preso?
Sergio Moro é alvo do Primeiro Comando da Capital (PCC)
O caso versa sobre a investigação que descobriu que membros do PCC estariam armando um sequestro e a execução do senador Sergio Moro. Na ocasião, o promotor responsável pelo caso, José Soares, sustentou a ilegitimidade da justiça federal para apreciar o feito. Ele argumentou que os acusados residem em São Paulo e teriam executado o plano no mesmo estado.
Ademais, o promotor defendeu ainda que apenas o suposto crime de extorsão mediante sequestro contra Sergio Moro deveria permanecer na esfera federal, mas que, para isso, o crime deveria ter sido ao menos tentado, o que não aconteceu na hipótese, tendo em vista que a Polícia Federal descobriu o plano ainda na fase de preparação.
“No caso, é notório, de conhecimento público, que o senador Sergio Moro (ou alguém de sua família) felizmente não chegou a sofrer atentado à sua liberdade, à sua vida ou à sua integridade física. Ou seja, o crime de extorsão mediante sequestro, inicialmente planejado e preparado, aparentemente pela organização criminosa PCC, não chegou a ser tentado“, destacou o promotor em sua peça.
Ao analisar o caso, a magistrada ressaltou que parte do plano de sequestrar e matar Sergio Moro e outras autoridades públicas, entre elas, um promotor de justiça e um ex-comandante da polícia militar, tem conexão com fatos que seriam executados em Cascavel (PR), Brasília, Campo Grande e Porto Velho, locais em que estão presos em presídios federais os principais chefes do PCC.
Com esse entendimento, a juíza indeferiu o pedido ministerial e manteve o inquérito que apura as ações do PCC contra as autoridades.
Fonte: Conjur