Conheça o argentino que salvou milhares de vidas na 2ª Guerra graças ao talento de falsificador
O jovem argentino, aprendiz de tintureiro, Adolfo Kaminsky, salvou milhares de judeus após descobrir-se que ele sabia falsificar papeis escritos com a tinta da marca Waterman, que, teoricamente, não tinha como ser alterado. Essa tinta era usada na expedição de documentos e condenava os judeus aos campos de extermínio.
E assim, em um sótão em um bairro de Paris, o jovem falsificou passaportes, certidões de nascimento, carnês de racionamento, salvo-condutos e qualquer outro documento que caísse em suas mãos e pudesse evitar a morte dos seus proprietários, que eram judeus.

Jovem argentino falsificava documentos para evitar extermínio de judeus
Segundo os relatos, a resistência francesa já havia tentado de tudo, mas a tinta Waterman azul usada pela prefeitura era impossível de ser alterada. Até que Kaminsky, um jovem aprendiz de tintureiro, que havia acabado de completar 18 anos, exclamou: “Eu sei apagar. Tudo pode ser apagado.”
Kaminsky tinha grande conhecimento em química e usava ácido láctico para apagar a tinta dos documentos. Com isso, ele era capaz de alterar o nome e a origem dos judeus para que não fossem mortos.
De acordo com os historiadores, os pedidos de falsificação chegavam de toda parte, e eram cerca de 500 por semana. Eles apagavam sem descanso as letras em vermelho, “JUIF” ou “JUIVE” (“judeu” ou “judia”), alteravam nomes judeus como Isaac por Jean Pierre, Meyer por Dubois ou Hanna por Marie-Hélène.
O laboratório em que Kaminsky trabalhava era pequeno, mas tinha tudo o que era necessário. Ele aprendeu a usar a técnica da fotogravura, para fabricar carimbos e suas almofadas, timbres e marcas d’água. Além disso, com uma roda de bicicleta, ele criou uma centrifugadora para envelhecer os documentos e dar maior veracidade às falsificações.
Fonte: BBC