Armas do Exército: comando cria disque-denúncia para tentar recuperar armas metralhadoras furtadas
Disque-denúncia criado pelo Comando Militar do Sudeste busca por metralhadoras ainda desaparecidas
O Comando Militar do Sudeste (CMSE) está em busca ativa de quatro metralhadoras, das 21 furtadas do Arsenal de Guerra do Exército, localizado em Barueri, na Grande São Paulo. Para isso, lançou um disque-denúncia anônimo, na tentativa de obter informações que possam levar ao paradeiro das armas.
O número de contato para denúncias é o 0800 358 0005. As informações serão recebidas de maneira completamente anônima, garantindo a segurança dos informantes.
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A descoberta do furto de armas
O furto das metralhadoras – 13 calibre .50, capazes de derrubar aeronaves, e 8 calibre 7,62, que perfuram veículos blindados – foi descoberto no dia 10 de outubro de 2023. Acredita-se que a ação criminosa ocorreu entre os dias 5 e 8 de setembro, durante uma inspeção no quartel.
Dessas, 17 foram recuperadas: oito no estado do Rio de Janeiro e nove no interior de São Paulo. Segundo o secretário da Segurança Pública de São Paulo (SSP), Guilherme Derrite, as armas estavam sendo levadas para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro.
Quais as suspeitas sobre o furto das metralhadoras?
O CMSE requisitou a prisão preventiva de seis militares suspeitos de envolvimento no furto. Além disso, “punição disciplinar” foi aplicada a outros 17 militares por “falha de conduta” na fiscalização do armamento.
Os militares que tiveram pedido de prisão preventiva são agora investigados criminalmente, com os seus sigilos bancário e telefônico quebrados pela Justiça Militar. Se condenados, podem pegar até 27 anos de prisão.
O que acontece com os punidos pelo furto do armamento?
Aqueles que foram presos administrativamente estavam no grupo de 20 alvos de apuração disciplinar por negligência no controle do armamento e ficarão presos no quartel de 1 a 20 dias.
As investigações apontam que um dos suspeitos, um cabo que era motorista do ex-diretor do Arsenal de Guerra, teria utilizado o carro oficial para tirar as armas do quartel. O então diretor, tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, mesmo não sendo investigado formalmente, foi exonerado do cargo e transferido de unidade.
Os suspeitos do furto serão punidos
Em coletiva de imprensa realizada em 22 de outubro de 2023, o general Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Sudeste, afirmou que tanto praças quanto oficiais entre os suspeitos seriam “punidos ou por ação ou por inação”.
Quando descoberto o furto, todos os militares do quartel – aproximadamente 480 – foram retidos para depoimentos e identificação de suspeitos entre os envolvidos no caso. A retenção foi encerrada em 24 de outubro.
Fonte: Metrópoles