Assassinatos, tortura e canibalismo: descubra como foi a ditadura sangrenta de Pinochet
5 fatos perturbadores sobre o regime militar de Pinochet no Chile
Quando o assunto é regime militar na América Latina, um dos períodos de maior referência é o regime instaurado pelo ditador Augusto Pinochet no Chile, entre 1973 e 1990. Este período ficou marcado na história pelos profundos traumas e severas violações aos direitos humanos, e apesar de já terem se passado mais de 50 anos desde o início da ditadura, o nome de Pinochet ainda é marcado por polêmicas.
Vários relatos e investigações apontam que o ditador foi responsável pela execução e torturas de milhares de opositores ao seu governo. O poder de Augusto e as ações de seu regime geraram impactos duradouros não somente no Chile mas em toda América Latina. Vamos conhecer 5 fatos sobre esse triste período na história chilena.
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Santiago: um campo de tortura
Logo após o golpe em 1973, Augusto transformou a capital do Chile, Santiago, em um verdadeiro campo de concentração. As tropas do ditador invadiam casas em busca de simpatizantes da esquerda e centros de tortura funcionavam 24h por dia, onde eram levados estudantes, escritores e trabalhadores sindicais considerados opositores ao regime.
Pinochet executou amigos?
O início da ditadura de Augusto Salvador Allende foi bombardeada pelos militares e o ministro da defesa e ex-aliado de Pinochet, José Toha, foi preso e posteriormente encontrado morto. Essa traição chocou a todos e deu início a uma série de crimes hediondos levados a cabo durante o regime militar.
Ataque terrorista orquestrado nos EUA
Uma das ações mais surpreendentes do regime de Augusto foi um ataque terrorista em solo americano, em 1976. Orlando Letelier, ex-ministro do governo deposto de Allende, foi alvo de um ataque a bomba enquanto dirigia pelo centro de Washington, a mando de Augusto. O ataque chocou as autoridades americanas e marcou uma das maiores ações extraterritoriais de repressão política da história.
O ditador inspirou outros governos militares na América Latina
Em 1975, durante a comemoração de seu aniversário de 60 anos, Augusto convidou representantes da Argentina, Paraguai, Brasil, Bolívia e Uruguai para visitar Santiago. Nessa ocasião, foi revelada a Operação Condor, que lhe permitiu perseguir e matar opositores em outros países. Mais de 80 mil militantes da esquerda foram cruelmente assassinados, com o total apoio do governo norte-americano.
Pinochet: herói ou vilão?
Apesar das incontáveis atrocidades cometidas ao longo de seu governo, Pinochet ainda possui admiradores no Chile e em outros países. Durante seu enterro em 2006, 60 mil pessoas lamentaram sua morte. Alguns simpatizantes defendem que o ditador teve papel crucial na estabilização econômica do país, por isso o consideram um herói.
Para saber mais sobre o ditador Augusto Pinochet e seu regime, recomendamos a leitura dos livros “O longo adeus a Pinochet” de Ariel Dorfman, “Augusto Pinochet: The Life and Legacy of Chile’s Controversial Dictator” de Charles River Editors e “The Pinochet File: A Declassified Dossier on Atrocity and Accountability” de Peter Kornbluh.