NoticiasDireito Penal

Assassino da creche diz que escolheu crianças por correrem devagar e que uma delas sorriu antes de ser atacada

Uma semana após o ataque a uma creche em Blumenau, Santa Catarina, que resultou na morte de quatro crianças e ferimentos em outras cinco, o responsável pelo crime afirmou à Polícia Civil que não lamentava os assassinatos.

O indivíduo foi acusado de quatro homicídios qualificados e cinco tentativas de homicídio, com os agravantes de motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa das vítimas e o fato de as vítimas serem menores de idade.

Leia mais:

Desaparecimentos e mortes: A assustadora Rodovia das Lágrimas e seus segredos macabros

Chocante! Cabana 28: A horripilante cena de crime sem solução que abalou a família Sharp!

A investigação descobriu que o assassino da creche não tinha conexão com nenhum grupo neonazista e mais de 20 pessoas foram interrogadas, incluindo a mãe, o padrasto, amigos e conhecidos do autor do ataque.

O agressor confessou à polícia que decidiu atacar a creche porque crianças correm devagar, e que uma das vítimas chegou a rir dele pensando que era uma brincadeira antes de ser assassinada.

A Polícia Civil de SC apresentou hoje a conclusão do inquérito e informou que o agressor, um homem de 25 anos, está preso preventivamente pelo crime.

O homem que realizou o ataque à creche não demonstrou arrependimento pelo que fez

O delegado responsável pela investigação relatou que o agressor estava frio e não demonstrou arrependimento pelo que fez, além de afirmar que faria novamente. Segundo o delegado, essa pessoa não tem condições de viver em sociedade e nenhuma punição será suficiente para reparar o que foi feito.

De acordo com a Polícia Civil, durante a perícia realizada no homem, foram encontrados no sangue vestígios de cocaína e outras duas substâncias.

A Polícia Civil detalhou a tentativa de assassinato contra o padastro do acusado, ocorrido há dois anos e o fato de que o ataque não foi investigado corretamente na época, sendo registrado equivocadamente como “lesão corporal leve”.

O padrasto teria pedido que o enteado saísse de casa por estar usando drogas, o que teria motivado o ataque. O agressor chegou a ser internado em uma clínica de reabilitação, mas acabou saindo e perseguindo o padrasto.

A mãe do agressor afirmou que o comportamento dele mudou após o consumo de drogas, o que o levou a vender drogas para sustentar seu vício. A vítima chegou a se mudar para evitar ser morta pelo agressor.

De acordo com informações dadas em depoimento à Polícia Civil de Santa Catarina, o autor do ataque à creche teria informado a um amigo duas semanas antes do crime que estava planejando algo grande. Durante a conversa na praça, ele não especificou o que seria esse ato.

O agressor admitiu ter passado em duas outras escolas antes de chegar à creche Cantinho Bom Pastor, onde cometeu o assassinato das crianças. Ele percorreu cerca de 22 quilômetros de moto até cometer o crime e se render à polícia, em um trajeto que durou pouco mais de uma hora, como foi determinado através de imagens de câmeras de vigilância e depoimentos.

Fonte: UOL

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo