Assassino da creche diz que escolheu crianças por correrem devagar e que uma delas sorriu antes de ser atacada
Uma semana após o ataque a uma creche em Blumenau, Santa Catarina, que resultou na morte de quatro crianças e ferimentos em outras cinco, o responsável pelo crime afirmou à Polícia Civil que não lamentava os assassinatos.
O indivíduo foi acusado de quatro homicídios qualificados e cinco tentativas de homicídio, com os agravantes de motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa das vítimas e o fato de as vítimas serem menores de idade.
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A investigação descobriu que o assassino da creche não tinha conexão com nenhum grupo neonazista e mais de 20 pessoas foram interrogadas, incluindo a mãe, o padrasto, amigos e conhecidos do autor do ataque.
O agressor confessou à polícia que decidiu atacar a creche porque crianças correm devagar, e que uma das vítimas chegou a rir dele pensando que era uma brincadeira antes de ser assassinada.
A Polícia Civil de SC apresentou hoje a conclusão do inquérito e informou que o agressor, um homem de 25 anos, está preso preventivamente pelo crime.
O homem que realizou o ataque à creche não demonstrou arrependimento pelo que fez
O delegado responsável pela investigação relatou que o agressor estava frio e não demonstrou arrependimento pelo que fez, além de afirmar que faria novamente. Segundo o delegado, essa pessoa não tem condições de viver em sociedade e nenhuma punição será suficiente para reparar o que foi feito.
De acordo com a Polícia Civil, durante a perícia realizada no homem, foram encontrados no sangue vestígios de cocaína e outras duas substâncias.
A Polícia Civil detalhou a tentativa de assassinato contra o padastro do acusado, ocorrido há dois anos e o fato de que o ataque não foi investigado corretamente na época, sendo registrado equivocadamente como “lesão corporal leve”.
O padrasto teria pedido que o enteado saísse de casa por estar usando drogas, o que teria motivado o ataque. O agressor chegou a ser internado em uma clínica de reabilitação, mas acabou saindo e perseguindo o padrasto.
A mãe do agressor afirmou que o comportamento dele mudou após o consumo de drogas, o que o levou a vender drogas para sustentar seu vício. A vítima chegou a se mudar para evitar ser morta pelo agressor.
De acordo com informações dadas em depoimento à Polícia Civil de Santa Catarina, o autor do ataque à creche teria informado a um amigo duas semanas antes do crime que estava planejando algo grande. Durante a conversa na praça, ele não especificou o que seria esse ato.
O agressor admitiu ter passado em duas outras escolas antes de chegar à creche Cantinho Bom Pastor, onde cometeu o assassinato das crianças. Ele percorreu cerca de 22 quilômetros de moto até cometer o crime e se render à polícia, em um trajeto que durou pouco mais de uma hora, como foi determinado através de imagens de câmeras de vigilância e depoimentos.
Fonte: UOL