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Suspeito de plano de ataque a Sérgio Moro enganou juízes com BO falso e escapou da prisão; entenda

Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan, conhecido como El Cid, é apontado pela Polícia Federal como o líder da célula terrorista do PCC, responsável por atentados contra agentes públicos, incluindo um planejamento de sequestro do senador Sérgio Moro.

Ele foi acusado de tentar assassinar cinco policiais militares na zona sul de São Paulo em março de 2014. El Cid saiu da Penitenciária 1 de São Vicente, na Baixada Santista, em 26 de agosto de 2022, quatro dias após o Ministério Público de São Paulo pedir sua prisão preventiva.

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Imagem: Reprodução/UOL Notícias

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Essa não foi a primeira vez que El Cid enfrentou o sistema judicial. Ele foi condenado por tráfico de drogas em 2010, mas ficou menos de um ano detido. Posteriormente, foi condenado a três anos e dez meses, mas permaneceu em liberdade por 11 anos. Em 2020, o Ministério Público o denunciou pelos ataques aos policiais.

Após ser capturado pela Polícia Federal de Santos, El Cid foi levado à Penitenciária 1 de São Vicente para cumprir o restante de sua pena por tráfico de drogas. O MP-SP, em agosto do ano passado, pediu sua prisão preventiva pelos supostos crimes de março de 2014.

No entanto, ele foi solto novamente, em menos de um mês, porque o Departamento Estadual das Execuções Criminais da Região 7-Santos autorizou sua progressão para o regime aberto.

Quando o Ministério Público pediu a prisão preventiva de El Cid, a Justiça não o localizou a tempo. A PF afirmou que logo após sua libertação, ele assumiu o comando de uma célula restrita do PCC, destinada a planejar ataques contra autoridades e agentes públicos.

Plano contra Moro

Em 2023, a PF interceptou mensagens de WhatsApp entre El Cid e outros membros da facção, indicando um plano para sequestrar o senador Moro. O delegado responsável pediu a prisão temporária de El Cid, mas o pedido foi revogado por não encontrarem o acusado.

Boletim de ocorrência falso

El Cid teria registrado um boletim de ocorrência falso em fevereiro deste ano, alegando estar em Castanhal, no Pará, no dia dos ataques contra os policiais em São Paulo. No entanto, a Delegacia de Castanhal confirmou que o registro foi feito eletronicamente em outubro de 2022 e que não houve acidente na cidade.

Esse documento falso levou à revogação da prisão preventiva de El Cid pela 3ª Vara do Júri da Capital. Posteriormente, o Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu o recurso do Ministério Público e decretou a prisão preventiva de El Cid em dezembro deste ano.

El Cid, mesmo foragido e procurado pela Interpol, foi autorizado a prestar depoimento virtualmente no processo sobre os homicídios contra os policiais. A audiência ocorreu recentemente. 

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