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Ataque a tiros desta semana foi o mais mortal dos EUA em 2023

Na última quarta-feira (25), um rapaz de 40 anos realizou um tiroteio em massa em Lewiston, no Maine. Ele estava armado abriu fogo ao chegar em uma casa de boliche da cidade, de 40 mil habitantes. O indivíduo conseguiu escapar em um carro. Após dirigir por cerca de 6,5 quilômetros, parou em um bar e fez outro ataque a tiros contra as pessoas presentes no local.

Esse foi o tiroteio em massa com mais vítimas fatais nos Estados Unidos em 2023. Durante os ataques, 13 pessoas ficaram feridas e 18 morreram.

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Imagem: Joe Raedle/AFP

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O que é considerado um ataque em massa?

Não existe uma definição universal para um ataque em massa. Alguns especialistas dizem que é preciso haver quatro mortes para que um tiroteiro seja classificado assim. No entanto, outros estudiosos afirmam que o caráter de mortes indiscriminadas é o mais importante.

De acordo com site “Gun Violence Archive”, responsável por monitorar os casos no país norte-americano, considera que, um ataque em massa, deve ter pelo menos quatro pessoas baleadas. Neste ano, um levantamento feito pelo site, houve 312 tiroteios que deixaram, pelo menos, uma pessoa morta. O número de feridos nesses ataques é de 2.343.

Estatísticas de ataques nos EUA

No ano de 2017, em Las Vegas, aconteceu o ataque mais violento da história recente do país. 58 pessoas foram assassinadas e 441 ficaram feridas.

O atual presidente dos EUA, Joe Biden, declarou que lamenta a morte das pessoas em Lewiston e afirma que oferecerá tudo que for necessário para apoiar o povo do estado.

No texto publicado, Biden ainda apela aos republicanos no Congresso para que apoiem um projeto de lei que proíba rifles e cartuchos de altas capacidades. A medida, segundo ele, levaria ao armazenamento seguro dessas armas.

“Isto é o mínimo que devemos a todos os americanos que agora suportarão as cicatrizes – físicas e mentais – deste último ataque”, diz Biden.

Maine não exige autorização para porte de armas

Lewiston, no estado do Maine, tem 38 mil habitantes. Faz parte do condado de Androscoggin e fica a cerca de 56 km ao norte de Portland, maior cidade do estado

No Maine, não é exigida a autorização para porte de armas. Além disso, há uma cultura de posse de armas devido às tradições de caça e tiro esportivo. Durante todo o ano de 2022, foram registrados apenas 29 casos de homicídio, um baixo índice de criminalidade no estado.

A governadora do estado do Maine, Janet Mills, reitera a fama de pouca criminalidade da região: “Nosso pequeno estado de apenas 1,3 milhão de pessoas é conhecido há muito tempo como um dos mais seguros do país. Este ataque atinge quem somos e os valores que prezamos para esse lugar que chamamos de lar”.

Estudo sugere propostas para combater os ataques

As pesquisadoras Jaclyn Schildkraut e H. Jaymi Elsass, através de um estudo publicado pelo Instituto de Governo Rockfeller, afirmaram que poderia haver políticas públicas para tentar impedir esse tipo de ameaça. Seriam maneiras de ação policial. Esse tipo de delito não ocorre de maneira espontânea e isso, na teoria, possibilita que haja intervenção prévia por parte dos policiais.

Os ataques em massa necessitam de planejamento, e no processo de construção do atentado, há oportunidades para que os agressores sejam identificados. Assim, seria possível a neutralização da ameaça antes de ser concretizada.

O estudo identificou que a maioria dos criminosos contam seus planos a alguém, só que as pessoas não informam as autoridades que há uma ameaça para a segurança pública

Em um caso recente em Buffalo, o criminoso descreveu seus planos na internet. É preciso criar incentivos para que as pessoas que têm essas informações façam denúncias para a polícia.

Fonte: G1

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