2023 registra recorde de ataques em escolas no Brasil

Em meio ao cenário de incertezas, insegurança e violência, roubou a cena uma triste estatística que chocou o Brasil: o aumento dos ataques a escolas em 2023. Até outubro, foram registrados nove ataques. É o maior número de casos em um único ano na história recente, desde 2002.

Esse tipo de violência, que antes raras vezes ocorriam em território brasileiro, ganhou maior repercussão com o fatídico caso na capital paulista, no qual uma adolescente perdeu a vida e duas outras ficaram feridas. Nosso objetivo é que, ao relevar algumas destas tragédias, incentivemos uma discussão mais aprofundada para que episódios como estes não se repitam.

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Relembre os principais ataques a escolas no Brasil em 2023

Apresentamos a seguir uma triste linha do tempo que resgata os principais ataques ocorridos ao longo deste ano:

13 de fevereiro: Escola Municipal Vista Alegre e Escola Estadual Professor Antonio Sproesser em Monte Mor (SP)

Um adolescente de 17 anos, armado com coquetéis molotov e bombas caseiras, tentou invadir as respectivas escolas, sem sucesso. Ele foi detido pela polícia e, para choque de todos, possuía em sua mochila uma machadinha e uma peça de roupa com uma suástica nazista.

27 de março: Escola Estadual Thomazia Montoro em São Paulo (SP)

Quatro professoras e um aluno foram esfaqueados por um adolescente de 13 anos. Elisabeth Terneiro, uma das professoras, infelizmente, não resistiu aos ferimentos. O agressor foi contido e desarmado por duas educadoras bravas que o imobilizaram até a chegada da polícia.

5 de abril: Creche Cantinho Bom Pastor em Blumenau (SC)

Nesse trágico episódio, quatro crianças foram brutalmente assassinadas por um homem de 25 anos que invadiu o local armado com uma machadinha.

Perante esse cenário de violência, o que mais podemos fazer?

Os casos então apresentados representam apenas uma pequena parcela do aumento dessa violência que assola nossas escolas. Neste complexo cenário, é necessário compreender que a segurança das escolas é crucial e deve ser reforçada.

Medidas como oferecer recursos emocionais para nossos estudantes, aumentar a segurança nas escolas e capacitar melhor nossos educadores para identificar sinais de sofrimento psicológico podem fazer uma grande diferença.

O que nos dizem os especialistas sobre esta trágica estatística?

Especialistas em educação e psicologia apontam que uma das grandes causas deste tipo de violência é a dificuldade de os jovens expressarem suas frustrações e problemas emocionais. Eles defendem uma incorporação mais profunda de aulas de habilidades socioemocionais na grade curricular, além de um investimento maior em atendimento psicológico para os estudantes.

Temos um longo caminho pela frente

Trabalhar pela construção de um ambiente de aprendizado seguro e saudável é nossa responsabilidade conjunta. As crianças são o futuro e a esperança deste país e merecem ser protegidas e suas vozes ouvidas. Com conscientização e esforço conjunto, podemos construir uma realidade melhor para a educação no Brasil.

Fonte: Revista Fórum