Ataques a Escolas: 370 pessoas presas em todo o Brasil por ligação com onda de violência
A operação Escola Segura, que tinha como objetivo reprimir ataques em escolas, teve início no dia 6 de abril e de acordo com dados enviados à rádio Bandeirantes, desde então cerca de 370 pessoas foram presas ou apreendidas por envolvimento em possíveis ataques a instituições de ensino em todo o país.
Leia mais:
A trágica saga de Maria Carolina: a princesa brasileira que enfrentou os horrores dos nazistas
Libertado após 3 anos: Justiça reconhece prisão injusta e expõe falhas no sistema penal
A operação conta com a participação do ministério da justiça, agências de inteligência e policiais de todos os estados, além de especialistas em crimes cibernéticos. Toda a operação é controlada por um laboratório que fica em Brasília e monitora atividades suspeitas que sejam relacionadas a ataques em escolas.
De acordo com o coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas, Alessandro Barreto, ao identificarem algum alerta, os agentes repassam as informações às autoridades locais para que tomem as devidas providências.
“Proativamente ele tenta identificar perfis com conteúdo extremista e de ódio que ameacem crianças e adolescentes, ou de forma reativa recebendo informações de outros estados e países. O que nós fazemos? Imediatamente essas comunicações são encaminhadas para respectivas unidades de polícia judiciária, para completar os dados, com identificação de suspeitos e principalmente evitar que ocorra um problema maior“, disse o coordenador.
Operação Escola Segura
Desde o início da operação, no dia 6 de abril, 1.595 suspeitos foram conduzidos a delegacias e 3.396 boletins de ocorrência registrados, sendo que a maior parte das ameaças e planos de ataques ocorre na internet. Apesar disso, Barreto destaca que, não é porque as atividades ocorreram pela internet, que as pessoas não serão responsabilizadas.
“Eles se utilizam de redes sociais, aplicativos de mensagens, de mídias sociais, de serviço de email para disseminar ódio, se unem e montam grupos. Infelizmente, a tecnologia é utilizada com finalidade ilícita porque utilizam ferramentas lícitas para cometer esse tipo de crime. Não é porque um crime foi cometido na internet que ele tenha que ficar impune. Devemos sim responsabilizar e identificar essas pessoas”, declarou Barreto.
Fonte: UOL