Ativista Rocío San Miguel é acusada de espionagem e traição pelo Procurador-geral
Procurador-geral da Venezuela acusa Rocío San Miguel de espionagem e traição
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, trouxe novas acusações contra a ativista Rocío San Miguel, que está presa desde 8 de fevereiro.
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Rocío San Miguel detida sob acusações graves
Acusada inicialmente de traição e conspiração, agora Rocío é apontada por fornecer informações sensíveis a diplomatas de quatro países estrangeiros. Saab alegou, em coletiva de imprensa, que a ativista mantinha encontros com diplomatas europeus para compartilhar dados sobre os sistemas de defesa aérea da Venezuela.
Acusações sem provas concretas
“Por que ela se encontraria com o representante de uma superpotência europeia? Essa informação é confidencial e foi compartilhada com pelo menos uma potência estrangeira”, indaga o procurador. Ele alega ainda que Rocío se comportou mais como espiã do que como defensora dos direitos humanos e que teria recebido pagamentos de uma empresa petrolífera estrangeira.
Rocío San Miguel nega acusações
Joel García, advogado de San Miguel, rechaçou as recentes denúncias. Segundo ele, são “parte de uma estrutura de mentiras, de censura, de ataque a uma voz dissidente”. García destaca que é comum que ONGs de direitos humanos mantenham relações com embaixadas.
Diversas organizações e países estrangeiros condenam prisão de San Miguel
Várias instituições multilaterais e países manifestaram repúdio à prisão de zSan Miguel, fundadora da Control Ciudadano, uma ONG com sede em Caracas que investiga as forças armadas venezuelanas.
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos manifesta preocupação
No último dia 16, funcionários da missão local do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos foram expulsos da Venezuela após a agência demonstrar preocupação com a detenção da ativista.