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Ativistas denunciam na ONU assassinato de Mãe Bernadete e pedem ação do Brasil

Ativistas brasileiros denunciam na ONU o assassinato da líder quilombola Mãe Bernadete

Em um intuito de chamar a atenção para a violência que os quilombolas vêm sofrendo no Brasil, a rede de ativistas brasileiros Conectas Direitos Humanos levará o caso do brutal assassinato da líder quilombolandesa Mãe Bernadete até o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). Mãe Bernadete, que foi brutalmente assassinada em agosto de 2023, era uma líder quilombola do município de Simões Filho, na Bahia, e Coordenadora Nacional da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ).

A intenção dos ativistas é alertar a comunidade internacional sobre a situação alarmante de violência que se instaura no território brasileiro, sobretudo em relação às comunidades quilombolas e povos tradicionais. Além disso, pede-se que as autoridades brasileiras se responsabilizem de maneira efetiva pela situação, tomando medidas concretas.

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Mae Bernadete. Imagem: G1

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Responsabilidade do Estado Brasileiro no caso da Mãe Bernadete

Dentre as reivindicações do grupo Conectas, destaca-se a urgente necessidade do Estado brasileiro efetivar investigações sobre os homicídios e proteger os direitos dos povos tradicionais e de seus habitantes, guardando o direito à vida, ao território e à liberdade de religião.

Qual é a situação dos quilombolas no Brasil?

Essa não é a primeira vez que organizações não governamentais brasileiras buscam apoio internacional para combater a violência no país. Ativistas do Movimento Nacional Quilombola do Brasil lembrarão da situação de Mãe Bernardete, que apesar de estar sob proteção do Estado e registrada no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, foi alvo de brutal assassinato. Além dela, outros quilombolas têm sido vítimas constantes de violência e assassinato no Brasil, muitas vezes sob olhares inertes do Estado.

Os ativistas afirmam, sem sombra de dúvidas, que a representação dos interesses e necessidades do povo quilombola devem estar no epicentro das preocupações do Estado brasileiro. Eles reivindicam por títulos de terra para seus territórios e políticas específicas que protejam esta comunidade da violência que sofre.

Os ativistas encerraram a denúncia implorando por justiça para Mãe Bernadete e para todas as vítimas de crimes violentos no Brasil, pedindo a colaboração da ONU para monitorar o caso e garantir que as investigações sigam todos os protocolos internacionais adequados.

Ao final, pressionam por uma resposta do Estado sobre a urgente e necessária investigação do crime e retaliação dos responsáveis. A dor e indignação da comunidade quilombola só cessa com a garantia de que, no Brasil, atos de violência contra ela não serão tolerados e punidos.

Fonte: UOL

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