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Ator relata racismo e assédio moral na produção do musical “Chicago”

O ator e bailarino Alberto Venceslau, que integrou o elenco do espetáculo “Chicago”, acusou as produtoras do musical, IMM e EGG Entretenimento, de racismo e abuso moral com os integrantes da peça. “Chicago” é uma remontagem brasileira do clássico da Broadway, recebeu investimento de mais de R$ 10 milhões e teve o banco Santander como um dos principais patrocinadores.

Segundo os relatos de Venceslau, os fatos não ocorreram apenas na produção de “Chicago”, mas também em outras peças realizadas pelas mesmas produtoras em que ele também atuou. O bailarino relatou ter sido vítima de preconceito por ser nordestino. Além disso, disse que viu colegas de elenco sofrerem preconceitos em razão do peso, bem como pelo tom de pele.

Alberto relatou que em uma das situações uma das diretoras disse “não gosto de trabalhar com nordestino porque é um povo preguiçoso”, momento em que o ator disse que era do Nordeste e a diretora respondeu “problema seu”.

O bailarino afirmou ainda que muitos atores estão sendo vítimas de crime de racismo e preconceito, mas não fazem nada a respeito por precisarem do cachê. Segundo Alberto:

A grande maioria dos artistas não consegue fazer muito porque tem no espetáculo seu único sustento. São pessoas que têm família para sustentar, contas para pagar, filhos para alimentar, e por medo de retaliação das produtoras, de bani-los de suas produções, se veem obrigados a aceitar o tratamento que recebem. Muitos já se acostumaram, mas muitos gostariam de poder dizer que não aceitam. Se o povo se levantar, o jogo acaba.

A IMM e EGG Entretenimento disseram que não vão se posicionar sobre o assunto.

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