A primeira audiência de instrução no caso que apura a morte do campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo foi marcada pela Justiça de São Paulo para o dia 3 de fevereiro. O atleta morreu após ser baleado na cabeça em um show que acontecia no Clube Sírio. O suposto autor do crime, o policial militar Henrique Otávio de Oliveira Velozo se entregou à Corregedoria e se encontra detido no presídio militar de Romão Gomes.

Família de Leandro Lo se manifesta após justiça marcar audiência
A mãe do campeão mundial, Fátima Lo, se manifestou por meio de suas redes sociais após tomar ciência da data da audiência que apura a morte do filho:
“Audiência marcada para o dia 3 de fevereiro de 2023. Pedimos as orações de todos da comunidade do jiu-jítsu para que, na data em questão, estejamos em uníssono ato de cobrança por Justiça pelo assassinato da nossa lenda Leandro Lo”, escreveu a mãe de Leandro
O crime aconteceu no dia 7 de agosto de 2022, e segundo a defesa do policial, o PM atirou no lutador em legítima defesa após ser cercado por seis lutadores. Já o advogado da família de Leandro, alega que o lutador teve uma discussão com o policial e, para acalmar a situação, imobilizou o homem. Após se afastar, o agressor sacou uma arma, atirou uma vez na cabeça do lutador e deu dois chutes em Leandro antes de fugir.
O ministério público apresentou denúncia contra Henrique Velozo pelo crime de homicídio triplamente qualificado no dia 30 de agosto. Logo em seguida, no dia 2 de setembro a justiça recebeu a peça ministerial e converteu a prisão temporária do policial para a prisão preventiva.
Por meio de nota, o advogado de defesa alegou:
“As qualificadoras são descabidas e tudo isso ficará firmemente provado no momento em que o processo for devidamente instaurado. A conclusão do inquérito policial se deu de forma açodada, uma vez que sequer aguardou-se a produção do laudo da reprodução simulada dos fatos que, entre outras coisas, apresentou inúmeras contradições com os depoimentos das testemunhas”.
A defesa disse ainda que “a denúncia é uma hipótese acusatória que destoa completamente do que foi produzido no inquérito policial”.
Fonte: G1