Bárbarie de Queimadas: estupro coletivo foi planejado por conhecidos das vítimas em 2012
Fatos sobre a Barbárie de Queimadas são relembrados após Linha Direta
O chocante caso de estupro coletivo ocorrido em 2012 na cidade de Queimadas, na Paraíba, volta a repercutir nas redes sociais após o programa Linha Direta, da TV Globo, reconstituir o crime e seus desdobramentos. Na ocasião, cinco mulheres foram vítimas de estupro e duas delas, Izabella Pajuçara e Michele Domingos, foram brutalmente assassinadas.
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O que aconteceu?
Uma festa de aniversário foi organizada para comemorar o nascimento de Luciano, irmão de Eduardo dos Santos Pereira, que foi considerado o mentor do crime. A intenção era oferecer as vítimas como “presentes” para Luciano durante os festejos. A ação foi desencadeada quando três dos participantes do crime desligaram o sistema de energia elétrica da casa onde ocorria a festa, de modo a permitir que as vítimas fossem rendidas, amarradas e vendadas antes dos estupros.
Reconhecimento e assassinatos
Izabella Pajuçara e Michele Domingos foram assassinadas após reconhecerem seus agressores. Izabella foi encontrada com uma meia na boca e atingida por três tiros na estrada que liga Queimadas a Fagundes, ainda dentro do carro usado na fuga dos criminosos. Michele pulou do carro em movimento mas recebeu quatro tiros, dois deles na cabeça, em frente à Igreja Matriz do Centro de Queimadas.
Investigações e condenações
Dez homens foram envolvidos e condenados pelos crimes praticados. Eduardo dos Santos Pereira, mentor do crime, foi condenado a 108 anos de prisão, mas fugiu da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes de João Pessoa em novembro de 2020. Seu irmão, Luciano dos Santos Pereira, foi condenado a 44 anos de prisão. Os outros envolvidos receberam penas entre 26 e 30 anos.
Preservação de memória das vítimas
O retorno do caso à mídia fez com que cada vítima fosse lembrada pelos brasileiros, a fim de preservar a memória de suas trajetórias interrompidas. Izabella Pajuçara, então com 27 anos, seria empossada em um concurso público dias após o crime. Michele Domingos, recepcionista de 29 anos, era uma âncora de sua família, ajudando na educação e nos cuidados com os irmãos e a mãe.
