A bizarra entrevista em que Dahmer explica detalhes de seus crimes

Após o estrondoso sucesso da série do serial killer Jeffrey Dahmer, Dahmer: Um Canibal Americano, a série já está no TOP1 da Netflix hoje. Lançada no dia 21 de setembro, a série está dando o que falar pelo seu conteúdo brutal.

Entre 1978 e 1991, o serial killer Jeffrey Dahmer matou 17 homens e garotos, os drogando e estuprando, antes de serem mortos e terem seus corpos desmembrados.

Ele foi preso quando uma de suas vítimas conseguiu escapar e chamar a polícia. Foram encontradas fotos polaroids de membros das vítimas, quatro cabeças decepadas na cozinha e sete crânios, alguns pintados e outros branqueados. 

Além disso, os investigadores descobriram pingos de sangue gotejando em cima de um tabuleiro na parte inferior do refrigerador de Dahmer, além de dois corações humanos e uma porção de um músculo de braço, tudo dentro de sacos plásticos em cima de gaveta de seu armário.

Jeffrey Dahmer foi entrevistado após ter sido preso

Dois anos depois da sua prisão, em 1993, Jeffrey prestou uma reveladora entrevista ao programa ‘Inside Edition’, da emissora norte-americana CBS, enfatizando sua frieza em meio aos macabros óbitos.

O programa foi apresentado pela jornalista Nancy Glass, e está disponível no YouTube. 

Vestido com uniforme da prisão, Dahmer se mostra eloquente, com palavras bem colocadas, e demonstra bastante tranquilidade em relação ao assunto tenso que está em pauta: os 17 assassinatos que cometeu entre os anos de 1978 e 1991.

Jeffrey acreditava que era um ato incorreto, desde seu primeiro assassinato.

“Eu sempre soube que estava errado, mas o primeiro assassinato não foi planejado. […] Ninguém tinha a menor ideia do que estava acontecendo por mais de uma década”.

Diagnosticado com transtorno de personalidade borderline, transtorno de personalidade esquizotípica e transtorno psicótico, o serial killer disse que conseguia ver os crimes de forma dessensibilizada e que era motivado não por raiva ou qualquer tipo de sentimento negativo. 

O objetivo de Dahmer ao matar, desmembrar e muitas vezes consumir partes dos corpos das vítimas era mantê-las com ele de certa forma, ter controle total sobre aquelas pessoas.

“É um processo, isso não acontece da noite para o dia. Quando você despersonaliza outra pessoa e só a vê como um objeto, isso parece facilitar para fazer coisas que você não deveria fazer.”

Jeffrey Dahmer contou que seu primeiro assassinato aconteceu em 1978, com Steven Hicks, de 18 anos.

Ele relata que o assassinato foi como realização de uma antiga fantasia, de se envolver com um mochileiro. 

A próxima morte viria só 9 anos depois, por “falta de oportunidade”, segundo Jeffrey.

Ele conhecia suas vítimas em bares gays e as convencia a ir até seu apartamento.

“Uma vez eu trouxe esse cara para um hotel, só estava planejando drogá-lo e passar a noite com ele, não tinha intenção de machucá-lo. Quando eu acordei de manhã, aparentemente eu tinha espancado ele até a morte com meus punhos. Não tenho lembranças disso, mas foi o que começou toda a sequência (de mortes).”

O assassino se refere a morte de Steven Tuomi, de 25 anos, que ocorreu no Hotel Ambassador, onde havia alugado um quarto.

O assassino também comentou seus rituais, que envolviam sempre assistir ao filme “O Exorcista III” com suas vítimas, já que o longa o colocava no “humor correto” para matar. 

Ele apontou na entrevista que não tinha nojo ou manifestava chateação ao esquartejar as vítimas, acrescentando que, após matar as primeiras vítimas, sentiu “curiosidade” de desmembrá-los, guardando o que considerava predileto.

“Mantive a cabeça mumificada e o crânio de uma das minhas vítimas em uma maleta no meu armário no trabalho. […] Isso é o quão forte era a compulsão. Isso é o quão forte era o desejo. Eu queria manter a pessoa comigo”.

Ele também planejava criar uma espécie de altar ou santuário com partes dos corpos das vítimas, como uma homenagem.

Dahmer também não teve receio de assumir seus assassinatos, acrescentando que não via mais sentido em tentar esconder essas ações, fazendo questão de auxiliar a polícia para a investigação: 

“O melhor caminho foi ajudar a polícia a identificar todas as vítimas e fazer uma confissão completa”.

Na ocasião da entrevista, ele admitiu que ainda sentia desejo de matar e que provavelmente estaria “na ativa” se não tivesse sido preso. 

Confira a entrevista de Dahmer, em inglês e sem legendas:

Fonte: Aventuras na História