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Bolsonaro afirma que vídeo sobre canibalismo seria ‘de 30 anos atrás’

O presidente da República Jair Bolsonaro afirmou ser “sem cabimento” a campanha de seu opositor nas eleições presidenciais, Luiz Inácio Lula da Silva, que o chamou de “canibal” em sua propaganda eleitoral, em razão de uma entrevista concedida por Bolsonaro a um jornal norte-americano em que ele relata ter considerado a possibilidade de “comer” um cadáver durante um ritual indígena.

Bolsonaro
Bolsonaro e Lula. Imagem: InfoMoney

Explicação de Jair Bolsonaro

O vídeo em questão foi publicado no canal do YouTube do chefe do executivo no ano de 2016 e refere-se a uma entrevista concedida ao jornalista Simon Romero, do The New York Times, que foi publicado no dia 7 de maio do mesmo ano.

Bolsonaro relata na entrevista que durante uma visita a uma comunidade indígena, morreu um membro do grupo, e que ele teve curiosidade em assistir o ritual, mas foi informado que segundo a cultura deles, o índio iria ser cozinhado e os demais membros iriam comê-lo, e que se Bolsonaro quisesse assistir ao ritual, também teria que participar da refeição. O presidente afirmou então que disse aos indígenas que não teria problema, mas que acabou não indo porque ninguém da sua comitiva quis acompanha-lo.

Sobre a entrevista, Jair Messias Bolsonaro disse ainda:

“Me rotularam de canibal esses dias, não tem cabimento uma questão dessa daí. Isso é um vídeo de 30 anos atrás numa reserva indígena yanomami, onde o indígena que morria era por três, quatro dias, o seu corpo era cozinhado, e depois os indígenas comem isso aí”

Após o ocorrido, o Tribunal Superior Eleitoral determinou que a campanha eleitoral de Lula não poderia associar o candidato opositor a práticas de canibalismo, pois segundo o entendimento do ministro Paulo de Tarso Sanseverino, o vídeo em questão é, na verdade, um recorte que em suas palavras é “capaz de configurar grave descontextualização” além ter havido “alteração sensível do sentido original da mensagem”.

Fonte: UOL

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