Brasil teve mais de 65 mil homicídios em 2017, revela Atlas da Violência
Brasil teve mais de 65 mil homicídios em 2017, revela Atlas da Violência
O Brasil teve 65.602 pessoas assassinadas em 2017. Pela primeira vez em sua história, o país atingiu o patamar de 31,6 homicídios por 100 mil habitantes. É o que revela o novo Atlas da Violência. O documento, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foi disponibilizado integralmente nesta quarta-feira (5).
Crescimento do número de homicídios
Em síntese, o estado com maior crescimento no número de homicídios em 2017 foi o Ceará. O estado registrou alta de 49,2% e atingiu o recorde histórico de 5.433 mortes violentas intencionais, causados por armas de fogo, droga ilícita e conflitos interpessoais. No Acre, a variação foi de 42,1% em 2017, totalizando 516 homicídios – considerando-se o período de 2007 a 2017, o número de homicídios subiu 276,6% no estado.
Perfil das vítimas
De acordo com o Atlas da Violência, este é o perfil dos indivíduos com mais probabilidade de morte violenta intencional no Brasil: homem jovem, solteiro, negro, com até sete anos de estudo e que esteja (parado ou transitando) na rua nos meses mais quentes do ano entre 18h e 22h. Ainda conforme o estudo, os homicídios respondem por 59,1% dos óbitos de homens entre 15 a 19 anos no país.
Pesquisadores
Estiveram envolvidos na confecção do Atlas da Violência os seguintes pesquisadores:
- Daniel Cerqueira – Pesquisador (coordenador) (Ipea)
- Renato Sergio de Lima – Pesquisador (FBSP e FGV)
- Samira Bueno – Pesquisadora (FBSP)
- Cristina Neme – Pesquisadora (FBSP)
- Helder Ferreira – Pesquisador (Ipea)
- Paloma Palmieri Alves – Pesquisadora (Ipea)
- David Marques – Pesquisador (FBSP)
- Milena Reis – Pesquisadora (Ipea)
- Otavio Cypriano – Pesquisador (Ipea)
- Isabela Sobral – Pesquisadora (FBSP)
- Dennis Pacheco – Pesquisador (FBSP)
- Gabriel Lins – Pesquisador (Ipea)
- Karolina Armstrong – Estagiária (Ipea)
Acesse o Atlas da Violência
Clique AQUI para acessar a íntegra do Atlas da Violência 2019.
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