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Flávio Dino afirma que Brasil pode rever adesão ao Tribunal Penal Internacional (TPI)

Justiça Internacional: Será que o Brasil deveria reconsiderar sua adesão ao Tribunal Penal Internacional (TPI)?

O ex-presidente Lula levantou uma questão pertinente em relação ao Tribunal Penal Internacional (TPI) ao analisar o cenário global em que o órgão se encontra. Segundo ele, o Tribunal sofre de um “desbalanceamento”, ou seja, uma falta de equilíbrio, já que não é reconhecido por nações significativas, como os EUA, Rússia e China, o que acarreta em uma situação de desigualdade na comunidade internacional.

Este equilíbrio é essencial para a eficácia do Tribunal, visto que suas determinações são reconhecidas pela legislação dos países signatários do tratado que criou o TPI em 1998, caso do Brasil. No entanto, como aponta Lula, muitos países, especialmente os mais poderosos, não aderiram à jurisdição do tribunal, o que cria um dilema para as nações que o fizeram.

TPI
Imagem: Farol da Bahia

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O Brasil deve reconsiderar sua adesão ao TPI?

De acordo com os argumentos de Lula, apoiados por Dino, é possível que a diplomacia brasileira deva reavaliar sua adesão ao acordo de criação do TPI, devido ao desequilíbrio na aplicação deste instrumento entre as nações. Para ele, esse “desbalanceamento” dá margem para que algumas nações imponham suas vontades sobre outras.

Dino, concordando com Lula, defende uma rediscussão do Estatuto de Roma, que criou o TPI. Tal debate seria relevante e necessário no cenário internacional com o objetivo de restabelecer a igualdade entre as nações, princípio essencial descrito no tratado original.

Em busca da igualdade entre as nações

Por fim, Dino aponta que a adoção total ou a renúncia do Tribunal por todas as nações seria a única maneira de alcançar tal igualdade. Caso contrário, o TPI seria apenas um instrumento de algumas nações para julgar outras, criando uma disparidade em vez de equidade entre os países, o que não faz sentido na visão de Dino e Lula.

Este reconhecimento generalizado do Tribunal é, portanto, fundamental para seu funcionamento eficaz e justo. Sem isso, a diplomacia brasileira, assim como as demais diplomacias dos países signatários, tem o dever de reavaliar sua adesão e buscar um caminho mais igualitário e balanceado na comunidade internacional.

Fonte: G1.Globo

Redação

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