Brasileiras são presas por tráfico na Alemanha após confusão com malas em São Paulo
As brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paollini foram presas por tráfico internacional de drogas ao desembarcarem no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha. De acordo com a polícia federal, imagens das câmaras do aeroporto de Guarulhos mostraram que criminosos trocaram as etiquetas das malas das brasileiras pelas malas com o conteúdo entorpecente.
Apesar das declarações da PF repassadas para as autoridades alemãs, Kátyna e Jeanne permanecem presas há cerca de um mês. A justiça alemã informou que irá esperar que as provas citadas pelas autoridades sejam enviadas pelo governo brasileiro.
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Justiça Alemã aguarda que governo brasileiro envie as provas para realizar a liberação das brasileiras
De acordo com as brasileiras, elas foram abordadas no aeroporto de Frankfurt por vários policiais sem saber o que estava acontecendo, até que um intérprete chegou ao local e explicou que elas estavam sendo presas por tráfico de drogas.
“Eu caminhei algemada pelo aeroporto de Frankfurt, escoltada por vários policiais, sem saber o que estava acontecendo. Chegou uma intérprete que informou que nós estávamos sendo presas por tráfico de drogas. O policial apresentou as supostas malas, nós falamos de imediato que aquelas malas não eram nossas. passamos por uma revista íntima nesse fomos transferidas para um outro prédio”, contou Jeanne .
Kátyna relatou ainda que elas foram transferidas para o presídio feminino de Frankfurt, e que a cela onde foram colocadas tinha escrito em fezes nas paredes, além de ser um local frio e sem janela.
A advogadas das mulheres também se pronunciou sobre o ocorrido:
“Elas tão exaustas, elas tão assim no limite delas. Passou de um mês, e elas percebem que cada hora vem uma nova dificuldade lá.”
A Polícia Federal investigou o caso e constatou que, de fato, Kátyna e Jeanne eram inocentes e que um grupo criminoso que atua no aeroporto de Guarulhos foi o responsável pela troca das malas.
O delegado Bruno Gama, responsável pela investigação no caso no Brasil relatou:
“A Polícia Federal conseguiu comprovar que aquelas passageiras são inocentes. Indicando quem seriam realmente os culpados do fato do crime ocorrido.”
Por sua vez, a superintendente da Polícia Federal no Goiás informou que todos os andamentos investigativos e provas produzidas estão sendo remetidos para as autoridades alemãs, porém, elas esperam que tudo seja enviado diretamente pelo governo brasileiro para ai sim libertarem as brasileiras.
As autoridades policiais relataram ainda que a pessoa que fez o despacho das malas para a área restrita foi identificada e e trata-se de uma funcionária da Gol que admitiu fazer parte do esquema criminoso. Na casa dela, a Polícia Federal apreendeu uma quantia de R$ 43 mil em dinheiro, e apesar disso, ela é a única integrante identificada da organização criminosa cuja prisão não foi expedida pela justiça.
Outras seis pessoas envolvidas na organização criminosa também foram identificadas pela PF e presas por determinação da justiça.
Fonte: G1