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Brasileiro e português roubaram mais de um milhão de euros de forma BIZARRA; veja

Desmantelando uma fraude bancária internacional

O esquema envolvia o envio massivo de SMS contendo links para páginas falsas, nas quais se faziam passar por diversos bancos. O resultado foi mais de 220 vítimas e um roubo que ultrapassou 1,2 milhão de euros.

Tudo teve início com um alerta emitido por um banco, desencadeando uma investigação que se desdobrou em duas frentes: uma em Portugal e outra no Brasil. As figuras centrais eram conhecidas como o “patrão” e o “sócio do patrão” ou, informalmente, o “portuga”. 

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A ascensão da “Firma”

L.F., nascido em Portugal, e F.A., que vivia no Brasil, conceberam o plano enquanto mantinham contato constante desde os anos em que viveram juntos no Brasil. Inicialmente atuando sozinhos entre outubro de 2019 e abril de 2020, eles expandiram o esquema ao recrutar G.M., originária da mesma região que F.A., e outros quatro membros. Este núcleo sólido, autodenominado “a firma”, assumiu papéis específicos na organização criminosa.

O grupo enviava milhares de SMS entre agosto de 2020 e fevereiro de 2021, utilizando a técnica conhecida como “smishing”. 

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Imagem: Vecteezy

As mensagens instigavam as vítimas a clicarem em links, alegando problemas no “homebanking”. Ao fazê-lo, as vítimas acessavam páginas fraudulentas, proporcionando aos criminosos acesso a códigos de acesso e dados pessoais. Seguia-se o “vishing”, com L.F. utilizando um script meticulosamente preparado para convencer as vítimas a fornecerem informações cruciais, permitindo a retirada não detetada de mais de um milhão e duzentos mil euros.

Hierarquia e recompensas em euros

G.M., a “dona da cena”, coordenava o recrutamento das “money mules” e distribuía os lucros obtidos. A organização, composta por 96 pessoas, preferia mulheres como “money mules”, evitava indivíduos dependentes químicos e favorecia aqueles com contas em determinados bancos. 

O grupo utilizou dezenas de celulares e cartões SIM fornecidos por F.A. do Brasil, enquanto L.F. e F.A. também usaram identidades falsas para abrir contas em entidades estrangeiras.

O desfecho judicial e as condenações

Após 54 sessões judiciais, os crimes de associação criminosa, falsificação de documento, porte ilegal de arma e outros foram considerados provados. 

As penas foram severas para os membros-chave da “firma”: L.F. com 14 anos de prisão, F.A. com 13 anos, G.M. com 9 anos e 8 meses, entre outros. 

A maioria dos bens apreendidos, totalizando mais de 491 mil euros, foi revertida para o Estado.

Um resumo do impacto

O tribunal determinou indenizações significativas, com L.F. obrigado a pagar mais de 540 mil euros ao Estado. Apesar de uma única instituição bancária ter ressarcido as vítimas, grande parte do dinheiro roubado foi considerado perdido. 

A recuperação parcial totalizou cerca de 172 mil euros, enquanto os restantes envolvidos enfrentam penalizações financeiras substanciais, destacando a extensão do prejuízo causado pela “firma”.

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