Brasileiro é preso após usar identidade de criança morta
O brasileiro Ricardo Cesar Guedes foi acusado de ter se apossado da identidade de Willian Fricson Ladd, uma criança norte-americana que morreu em 1979, para viver ilegalmente no país por 25 anos. Ricardo foi preso em setembro de 2021, no Aeroporto Intercontinental George Bush, em Houston, e se apresentou para a polícia usando passaporte com o nome falso.
Segundo a justiça americana, o brasileiro nasceu em São Paulo, no ano de 1972, e, em 1998, conseguiu emitir um passaporte falso com o nome de Willian Ladd, criança americana que morreu em um acidente de carro em 1979, em Washington. O brasileiro passou a usar a identidade falsa para viver ilegalmente no país e chegou a trabalhar durante 23 anos como comissário de bordo na United Airlines, empresa americana.
Segundo as investigações, Ricardo renovou o passaporte seis vezes até dezembro de 2020, quando o departamento americano acusou vários indicativos de fralde. A partir daí, foi instaurada uma investigação criminal contra o brasileiro. Segundo a polícia americana, foi possível achar a verdadeira identidade do acusado graças a um trabalho de comparação genética.
As autoridades compararam as impressões digitais, presentes em documentos emitidos na década de 1990, bem como as impressões constantes no documento de antecedentes criminais que ele apresentou na companhia aérea em que trabalhava. A família da criança falecida chegou a ser procurada, mas afirmaram que nunca viram o brasileiro.
Ricardo Guedes aguarda o seu julgamento, marcado para o dia 18 de abril. A justiça americana o acusa de declaração falsa em pedido de passaporte; falsamente se passar por um cidadão americano; e entrar na área restrita do aeroporto sob falsos pretextos. No momento da prisão, Guedes disse apenas que se tratava de um sonho que tinha acabado e que agora ele teria que enfrentar a realidade.
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