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Briga generalizada marca jogo de Brasil e Argentina: entenda como tudo começou

Briga entre Brasil vs. Argentina nas eliminatórias

A partida crucial entre Brasil e Argentina, correspondente à 6ª rodada das eliminatórias para a Copa do Mundo, enfrentou um imprevisto na última terça-feira (21). O início do jogo foi retardado em 30 minutos devido a uma briga entre torcedores e a polícia nas arquibancadas.

Confronto prévio ao início

Antes mesmo do apito inicial, cenas lamentáveis se desenrolaram quando torcedores das duas seleções entraram em uma briga generalizada, desencadeando uma ação policial violenta. Além de socos trocados, cadeiras foram destruídas e arremessadas em meio à confusão, com policiais usando cassetetes para conter os torcedores envolvidos.

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A situação tumultuada forçou a paralisação do início da partida. Jogadores de ambas as equipes se aproximaram do local na tentativa de acalmar os ânimos, mas o clima agressivo persistiu entre argentinos e policiais.

Recusa em jogar e retorno após controle da situação

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Foto: André Coelho/ EFE

Diante desse cenário caótico, liderados por Lionel Messi, os jogadores argentinos se recusaram a entrar em campo, retornando ao vestiário. Após a contenção da situação, com torcedores detidos e alguns encaminhados ao hospital, a partida finalmente teve início.

O estopim da confrontação

A briga teve início durante a execução dos hinos nacionais. No momento da execução do hino argentino, alguns torcedores brasileiros no setor Sul do estádio vaiaram, desagradando os “hermanos” e desencadeando confrontos. A intervenção da Polícia Militar do Rio de Janeiro na briga incluiu agressões com cassetetes aos torcedores argentinos.

Reação dos jogadores 

A briga chamou a atenção dos jogadores, que se dirigiram ao local na tentativa de conter a confusão. O goleiro da Argentina, Dibu Martínez, chegou a tentar desarmar um policial. Messi liderou a retirada da Argentina do campo em direção aos vestiários.

Retorno e normalização da situação

Cerca de 20 minutos após o tumulto, com a situação da briga controlada, torcedores detidos e alguns feridos hospitalizados, a partida foi retomada. Diante dos incidentes, vaias durante os hinos, objetos jogados e brigas generalizadas, a organização decidiu implementar um setor misto. A iniciativa partiu da CBF e da PM, e os jogadores voltaram ao campo após um intervalo de 30 minutos.

Comunicado da CBF

A CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL vem prestar os seguintes esclarecimentos sobre os incidentes ocorridos no jogo Brasil x Argentina, realizado nesta terça-feira 21/11/2023, no Maracanã, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2023.

É importante esclarecer que a organização e planejamento da partida foi realizada de forma cuidadosa e estratégica pela CBF, em conjunto e em constante diálogo com todos os órgãos públicos competentes, especialmente a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Todo o planejamento do jogo, em especial o plano de ação e o de segurança, foram sim debatidos com as autoridades públicas do Rio de Janeiro em reuniões realizadas entre as partes.

Os planos de ação e segurança foram aprovados sem qualquer ressalva ou recomendação pelas autoridades de segurança pública presentes (Polícia Militar RJ, SEPOL, Ministério Público, Juizado do Torcedor, Guarda Municipal, CET-RIO, Subprefeitura, Concessionária Maracanã, SEOP, etc.), dentre as quais a Polícia Militar do RJ, na primeira reunião realizada na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), no dia 16 de novembro de 2023, às 11:00h. Além dos planos de ação e segurança, os participantes da reunião trataram também de toda a montagem da operação da partida, contando com a participação de todas as partes diretamente envolvidas e responsáveis pela organização da partida e autoridades públicas.

Na segunda (20), o plano operacional para o jogo foi igualmente aprovado sem qualquer ressalva ou recomendação na reunião realizada no Estádio Maracanã, com a presença da CBF, representantes da CONMEBOL, da Polícia Militar RJ, das empresas responsáveis pela operação do Maracanã, e que operam mais de 70 jogos no estádio por ano, e outras autoridades públicas.

A realização da partida com torcida mista sempre foi de ciência da Polícia Militar do RJ e das demais autoridades públicas, pois é o padrão em competições organizadas pela FIFA e CONMEBOL, como ocorre nas Eliminatórias da Copa do Mundo, na própria Copa do Mundo, Copa América e outras competições. Outros jogos entre Brasil e Argentina, até de maior apelo, como a semifinal da Copa América de 2019, também foram disputados com torcida mista. Não se trata de um modelo inventado ou imposto pela CBF.

Ou seja, todo o plano de ação e segurança foi elaborado e dimensionado já considerando classificação do jogo como vermelha e com a presença de torcida mista, tanto que atuaram na segurança da partida 1050 vigilantes privados e mais de 700 policiais militares da Polícia Militar RJ.

Portanto, a CBF reafirma que foram cumpridos rigorosamente o plano de ação, de segurança e operação da partida, tal qual foram aprovados pela Polícia Militar RJ e demais autoridades.

Por fim, a única recomendação recebida pela CBF de qualquer autoridade pública ao longo de todo o período que antecedeu a partida entre Brasil e Argentina, foi uma recomendação do Ministério Público, da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Ordem Urbanística da Capital, para que “NÃO realizem partidas de futebol no ano de 2023 com o formato de disponibilização da carga total de ingressos através de um tíquete eletrônico apresentado mediante exibição do aparelho de telefonia celular, tal como ocorrido na partida da final da Copa Libertadores no dia 04 de novembro de 2023” e que “Exijam no ano de 2023 dos torcedores que se aproximem das catracas a exibição de evidência física (tíquete de papel e/ou cartão de sócio torcedores) de que o torcedor possui um tíquete de ingresso para se aproximar das catracas do Estádio Mário Filho – Maracanã, de modo a evitar a invasão de torcedores que não possuam ingressos para assistir à partida.”

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