Defesa de Bruno Krupp pede que ele seja julgado por homicídio culposo
A defesa do modelo Bruno Krupp, acusado de matar o estudante Gabriel Cardim Guimarães, pediu para que ele seja julgado por homicídio culposo na direção de veículo automotor. Bruno foi denunciado pelo ministério público como incurso no crime de homicídio doloso em razão do dolo eventual, ou seja, quando se assume o risco do resultado.
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O caso versa sobre o atropelamento do estudante Gabriel Guimarães, de 16 anos, que estava atravessando a rua na companhia da mãe, quando Bruno Krupp passou dirigindo uma motocicleta em alta velocidade e atingiu o menino, que chegou a perder uma das penas no local.
Em trecho do depoimento apresentado pelo Ministério Público nas alegações finais, a mãe da vítima relatou o ocorrido:
“Atravessaram para o canteiro central, viram veículos alinhados como se estivessem parados em um sinal ao longe e atravessaram novamente; que João tinha uma passada mais larga que ela; quando já estavam quase na calçada do outro lado, ouviu um barulho muito forte e se assustou, quando viu, era a moto arrastando seu filho”, diz o documento.
Uma outra testemunha citada pelo Ministério Público foi uma motorista que presenciou o ocorrido:
“Quando o semáforo abriu eu notei uma motocicleta vindo em alta velocidade, passando entre o meu carro e o carro que estava à minha esquerda, logo que o sinal abriu, os carros começaram a trafegar, ainda em velocidade lenta, de arrancada (…), a moto não estava nem na sua faixa nem na faixa da esquerda, passou entre os carros”.
O Ministério Público denunciou o modelo e pleiteou pela pronúncia dele para o Tribunal do Júri pelos crimes de homicídio com dolo eventual e por dirigir sem habilitação.
A defesa, por sua vez, pleiteia que Bruno responda por homicídio culposo na direção de veículo automotor, que além de não ir a júri, tem uma pena de de dois a quatro anos de detenção.
No argumento, a defesa destaca que o modelo estava sóbrio e que tentou realizar uma manobra para impedir o acidente. Além disso, a defesa também sustenta que a avenida “estava pouco movimentada” e que João Gabriel e a mãe atravessavam “fora da faixa de pedestres e com o sinal aberto para os veículos” e que Bruno Krupp “acreditava plenamente em sua habilidade de pilotar motocicletas”, apesar de não ter Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Fonte: Extra