Cai a maior rede de jogo de bicho em Praia Grande; bicheiros e agentes de segurança condenados
Tribunal condena 17 pessoas, incluindo bicheiros e policiais, por crimes ligados a jogo do bicho em Praia Grande
Dezessete pessoas envolvidas na operação de um jogo de bicho em Praia Grande, São Paulo, foram condenadas pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. O grupo inclui três bicheiros, quatro guardas municipais e quatro policiais militares, acusados de formação de organização criminosa, corrupção passiva e ativa, peculato e lavagem de dinheiro.
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Local do jogo do bicho obtinha proteção de agentes de segurança
De acordo com a acusação, o grupo operava um jogo do bicho na Rua Tiradentes, no bairro Canto do Forte, e os policiais e guardas municipais aceitavam vantagens indevidas para não autuarem o local. Outras pessoas implicadas na exploração do jogo do bicho, não foram identificadas ou faleceram durante o andamento do processo.
Promessas de vantagens indevidas e não autuação do local do crime
Os acusados, integrantes da organização criminosa desde uma data não especificada até meados de 2014, foram denunciados por oferecer vantagens a funcionários públicos para se furtarem aos seus deveres profissionais. Alguns membros do grupo criminoso foram ainda acusados de ocultar e dissimular a origem de bens e valores, infrações penais diretamente relacionadas ao jogo ilícito.
Acusações incluem posse ilegal de munições
Um dos acusados foi citado por manter e ocultar, sem autorização, uma quantidade considerável de munições de vários calibres, tanto de uso permitido quanto de uso restrito. Entre as munições encontradas estavam quatro de calibre 12, 22 de calibre 38, 24 de calibre 32, uma de calibre 9mm, entre outras.
Autoridades oficiais permanecem em silêncio
Questionadas sobre o assunto, a Secretária Estadual da Segurança Pública (SSP) e a Polícia Militar não responderam até o momento. No entanto, a PM afirmou em nota que os policiais citados não fazem mais parte da corporação. A Prefeitura de Praia Grande disse que ainda não foi notificada da sentença, o que deve acontecer após o trânsito em julgado, tendo declarado igualmente que tomará as medidas cabíveis ao caso.
Juiz considerou provas suficientes para condenação
Na decisão da sentença, o juiz Antonio Carlos Martins considerou que os fatos foram claramente detalhados, permitindo o contraditório e a ampla defesa. O magistrado também afirmou que os indícios de provas foram suficientes para a condenação dos acusados, o que permitiu a confirmação da sentença. As penas estabelecidas variam entre 7 a 17 anos de prisão em regime fechado.
