Crime em calourada na UFPI: o que se sabe sobre assassinato de estudante de jornalismo em festa
A estudante de jornalismo da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, foi morta durante uma calourada que acontenceu na última sexta-feira (27). De acordo com a polícia, a estudante foi vítima de estupro e morreu após ter o pescoço quebrado.
O suspeito do crime é um estudante do curso de Matemática na universidade, de 28 anos, ele foi preso no sábado (28), e teve a prisão preventiva decretada após a audiência de custódia que aconteceu no domingo (29). O jovem alega que a relação sexual foi consensual, e que Janaína passou mal durante o ato.
Estudante morre em calourada no Piauí
O delegado responsável pela investigação informou que ainda não se tem muitas informações sobre o caso, mas que um vigilante avistou o suspeito saindo com a vítima nos braços.
“O que sabemos é que um vigilante da instituição avistou o rapaz saindo da sala, com a moça nos braços. O vigilante viu as roupas do rapaz sujas de sangue, disse ‘ei, o que tá acontecendo aí?’ e o rapaz disse ‘minha amiga passou mal, tô levando pro hospital’. O vigilante então deteve ele, chamou reforço e, de carro, foi com os dois até o hospital” relatou o delegado
O Instituto Médico Legal apurou que a causa da morte da estudante foi um trauma raquimedular por ação contundente, uma contusão na coluna vertebral a nível cervical, que provocou lesão da medula espinhal e morte. Ou, seja, teve o pescoço quebrado.
De acordo com os peritos, a ação contundente “pode ter sido causada por pancada, torcendo a coluna vertebral ou traumatizando, ação das mãos no pescoço com intuito de matar ou fazer asfixia, queda, luta, dentre outras possibilidades que estão sendo analisadas junto às investigações do caso”.
A Universidade Federal do Piauí informou que não autorizou que os estudantes realizassem a calourada nesta última sexta-feira, mas que irá colaborar com as autoridades que apuram o caso.
Já o Diretório Central dos Estudantes, informou que as atividade promovidas pelos estudantes nunca precisaram ser diretamente comunicadas, uma vez que são realizadas em espaço destinado às ações dos estudantes. Eles informaram ainda que há tempos buscam por mais segurança dentro do campus e que constantemente acontecem crimes, em especial patrimoniais, como furto, no local.
Fonte: G1