Issei Sagawa: a história do canibal japonês que nunca foi preso
O canibal de Kobe: a chocante história de Issei Sagawa
A história de Issei Sagawa é tão perturbadora quanto fascinante. Este homem, que recebeu o apelido de “canibal de Kobe“, chocou o Japão e o mundo ao matar e comer uma estudante holandesa em Paris, tornando-se uma figura mediática que marcou a história criminal do século 20.
Mais de quatro décadas após o seu terrível crime, Issei Sagawa morreu de pneumonia. A morte aconteceu no dia 24 de novembro de 2022, quando ele tinha 73 anos. Seu irmão mais novo e um amigo confirmaram isso em um comunicado. Eles foram os únicos presentes em seu funeral.
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Quem era o canibal Issei Sagawa?
A editora que publicou suas memórias em 2019 trouxe à luz muitos detalhes da vida desse homem. Issei Sagawa era aluno da Universidade Sorbonne em Paris quando realizou seu crime hediondo. Em 11 de junho de 1981, ele convidou a holandesa Renee Hartevelt para jantar em sua casa. Ele a matou com um tiro na nuca, estuprou e esquartejou o corpo, consumindo várias partes durante três dias. Fotografias do crime foram tiradas por Sagawa, documentando a sua terrível ação.
Ele tentou se livrar dos restos mortais, abandonando duas malas contendo-os no parque Bois de Boulogne, nos arredores de Paris. No entanto, ele foi localizado e preso dias depois, após um apelo da polícia à população.
Qual foi a justificativa de Sagawa?
“Comer essa menina foi uma expressão de amor. Queria sentir dentro de mim a existência de uma pessoa que amo” – foram as palavras de Issei Sagawa após sua prisão. Sua justificativa assustadora chocou tanto a polícia quanto a população em geral. Especialistas em psiquiatria o consideraram doente mental e ele evitou o julgamento. Depois de passar um período em uma instituição na França, ele foi deportado para o Japão, onde foi libertado em agosto de 1985.
A libertação de Sagawa causou a indignação da família da vítima, que se comprometeu a pressionar a opinião pública japonesa para manter o criminoso preso. No entanto, Sagawa permaneceu em liberdade.
A vida do canibal Sagawa após o crime
Longe de se esconder, Sagawa tirou proveito de sua infame notoriedade. Ele escreveu um livro de memórias chamado “In the Fog”, descrevendo em detalhes o assassinato. Além disso, compartilhou sua obsessão pelo canibalismo em várias entrevistas e até em um documentário, “Caniba”, lançado em 2017.