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Casal homossexual é agredido por sargento da PM em MG

Um casal homossexual foi agredido por um vizinho, sargento da Polícia Militar de Minas Geerais, enquanto esvaziava o apartamento em que moravam. Segundo os relatos de uma das vítimas, a discussão começou quando o casal notou sinal de arrombamento na fechadura do apartamento e decidiu registrar boletim de ocorrência. O vizinho militar ouviu e interveio com xingamentos. As vítimas disseram que chamariam a polícia, momento em que o sargento pegou uma barra de ferro, de mais ou menos um metro, e acertou o queixo da vítima Matheus e várias outras partes de seu corpo.

O casal relatou que sofre ataques homofóbicos por parte do sargento há mais ou menos um ano, desde que se mudaram para o prédio do agressor, que proferia xingamentos homofóbicos sempre que tinha oportunidade. Eles afirmaram que os ataques foram se intensificando até que resolveram se mudar.

No dia em que o casal estava fazendo a mudança, o PM e a sua esposa teriam dito para as vítimas que “deveriam morrer e ir ao inferno por serem gays”.

Sobre o ocorrido no momento da agressão, a vítima relatou:

Em nenhum momento eu disse à polícia que tinha sido ele. Ele ouviu a conversa, viu que estávamos lá e, peço desculpas pelos termos que vou reproduzir, já saiu gritando: ‘Seus viados desgraçados, eu vou matar o primeiro que sair, vem cá que eu vou matar vocês dois’. Depois disso, nós fomos lá para fora e começamos a discutir. Ele se apresentou como policial, o que a gente nem sabia, e nos deu voz de prisão porque ‘lugar de bichinha é na cadeia’ e disse que ‘bichinha tinha que morrer na cadeia, mesmo’. Nós, então, falamos que chamaríamos a polícia e voltamos para dentro de casa. Foi quando ele veio atrás e pegou uma barra de ferro de mais ou menos 1 metro, extremamente pesada, e acertou o queixo do Matheus e várias outras partes do corpo. A sorte é que ele conseguiu desarmá-lo e reagiu, em um ato de legítima defesa.

As vítimas relataram que chamaram a polícia e que os PMs se assustaram com o peso da barra utilizada na agressão, mas se recusaram a levar as testemunhas que assistiram ao fato para prestar depoimento na delegacia. O casal afirmou que irá ajuizar um processo administrativo que apure a conduta desses policiais.

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