Caso Amarildo: relembre exatamente o que cada PM condenado fez
Condenação de 12 PMs por desaparecimento e morte de Amarildo de Souza
Doze policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, no Rio de Janeiro, foram condenados pelo desaparecimento e morte de Amarildo de Souza, um ajudante de pedreiro, em 14 de julho de 2013. A sentença confirmou a atuação de cada um dos agentes no crime.
Os agentes condenados receberam aumento de pena por praticar o crime durante o exercício de suas funções. Nove deles já estão presos preventivamente desde outubro de 2013. Três policiais que estavam presos desde 2014 em uma unidade prisional da PM foram absolvidos.
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Quem foram os responsáveis pelo crime?
De acordo com a Justiça, o Major Edson Raimundo dos Santos, comandante da UPP Rocinha, foi considerado o “mentor intelectual da tortura” contra Amarildo. Teria partido dele a ordem para que a vítima fosse capturada e levada à base da UPP.
O que fizeram os outros condenados?
O segundo comandante da UPP Rocinha, Tenente Luiz Felipe de Medeiros, realizou a tortura junto de Edson. Outros soldados como Douglas Roberto Vital Machado e Marlon Campos Reis participaram ativamente na tortura e ocultação do corpo de Amarildo. Há também outros policiais e uma secretária que foram condenados por colaborar com a ação criminosa.
A pergunta que não quer calar: onde está o corpo de Amarildo?
Ainda não há informações sobre onde o corpo de Amarildo foi descartado. Há uma investigação em curso para descobrir se policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) retiraram o corpo da Rocinha dentro de uma viatura da corporação.
Outros PMs acusados foram absolvidos por falta de provas contundentes contra eles. A juíza Daniella Alvarez Prado destacou que Amarildo “foi torturado até a morte” e que a pergunta do que foi feito com o corpo do pedreiro permanece sem resposta.