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Caso Bernardo: depoimento de psicóloga abre terceiro dia dia de júri; assista

O júri do caso Bernardo chega nesta quarta-feira (22), ao terceiro dia. Ele foi retomado por volta das 9h, com depoimentos de mais testemunhas. A primeira a ser ouvida será a psicóloga Ariane Schmitt. Ainda no primeiro dia, um policial disse que Leandro teria sido o “mentor da morte”. 

Em 2019, Leandro foi condenado a 33 anos e 8 meses de prisão (30 anos e 8 meses por homicídio, 2 anos por ocultação de cadáver e 1 ano por falsidade ideológica). 

O novo julgamento tem a previsão de duração de três dias.

Psicóloga de Bernardo é ouvida no terceiro dia do novo júri de Leandro Boldrini

No depoimento prestado pela psicóloga Ariane Schmitt, que atendeu Bernardo, ela diz que o menino foi encaminhado para atendimento pela escola. Ela relata que a família demonstrava desinteresse na situação. “Percebia a falta de envolvimento, o desinteresse”, relata Ariane Schmitt.

A Psicóloga diz que família deveria estar presente, principalmente após morte da mãe do menino. “Teria que haver um trabalho de resgate, até de história dessa criança, o vínculo amoroso“, afirma.

Quando questionada sobre Leandro Boldrini ela responde: “É chocante essa diferença entre um bom profissional e um pai omisso“, afirma psicóloga sobre postura de Leandro Boldrini como médico e como pai. Ela ainda conta que Bernardo relatou a ela que tomava remédios controlados e que ele próprio “administrava” as doses indicadas por um médico, sem observação do pai e da madrasta.

“Ele compareceu a algumas sessões muito dopado, muito grogue”. A testemunha relata que acredita que Leandro Boldrini tenha rejeitado Bernardo em razão da postura de Graciele.

Quanto a agressões físicas, ela relata que Bernardo nunca se queixou sobre, mas diz que pessoas vítimas de abuso mantêm eventuais episódios de violência em segredo. Ariane também comenta sobre a higiene de Bernardo, que era precária: “corrimento nasal, secreção dos olhos, cabelinho despenteado, aparelho no dente mal escovado“.

Após, os advogados de defesa iniciam perguntas à psicóloga, que é questionada se suicídio de mãe de Bernardo não seria uma forma de abandono. “Ela própria se sentia muito abandonada“, responde testemunha.

Confira o julgamento ao vivo:

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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